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Sobe o número de sequestrados pelos rebeldes no sul das Filipinas

As autoridades das Filipinas afirmaram nesta terça-feira que é maior o número de pessoas sequestradas pelos rebeldes da Frente Moro de Libertação Nacional (FMLN), que atacaram a cidade de Zamboanga nesta segunda-feira (9), no sul do país, mas ainda não está claro o número preciso de reféns.

A polícia filipina informou que 87 pessoas estão nas mãos dos insurgentes em Zamboanga, em declarações publicadas pelo jornal local “The Inquirer”. Ontem, as autoridades policiais informaram que o número de reféns estava entre 20 e 30. Os novos sequestrados fazem parte das 200 pessoas que as Forças Armadas das Filipinas qualificaram como “presas” entre as duas frentes em conflito.

Por outro lado, a edil da cidade, Maria Isabelle Climaco Salazar, declarou nesta terça-feira (10) ao canal de televisão “CBS” que o número de sequestrados chega a 187. Apesar do aumento do número de reféns e das explosões e tiroteios ocorridos em Zamboanga, a polícia afirmou que, com a ajuda das Forças Armadas, conseguiu controlar a situação.

“A nossa principal preocupação é a segurança dos civis, já que a região na qual se encontram (os rebeldes) é bastante povoada”, afirmou a polícia em comunicado.

O ataque dos rebeldes aconteceu um mês depois que o líder da FMLN, Nur Misuari, exigiu a independência da região de Mindanao e denunciou que seu grupo tinha sido excluído das negociações entre o governo e a Frente Moro de Libertação Islâmica (FMLI). Em 1996, a FMLN assinou um acordo de paz com o governo após aceitar negociar uma solução que não fosse a independência. No entanto, vários membros do grupo, insatisfeitos com as negociações, decidiram fundar a FMLI, a maior organização separatista das Filipinas que conta com aproximadamente 12 mil militantes.

Segundo analistas locais citados pelo site “Rappler”, Nur Misuari, fundador da FMLN, “está a fazer barulho” com o objetivo de boicotar as novas rodadas de negociações entre o governo das Filipinas e a FMLI em Kuala Lumpur. A própria Frente Moro de Libertação Islâmica pediu à FMLN em comunicado que “tome o caminho da paz” após o ataque em Zamboanga.

As autoridades filipinas e o FMLI esperam assinar um acordo de paz nos próximos dois anos que inclua a criação de uma região autônoma com mais competências, em substituição à existente na parte de maioria muçulmana de Mindanao e de outras ilhas do sul do arquipélago.

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