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Sob orientações médicas: mães seropositivas amamentam seus bebes

As autoridades sanitárias de Moçambique tem estado a aconselhar as mulheres seropositivas a amamentar os seus filhos, mesmo com os riscos dos bebes contraírem o vírus do HIV/ SIDA.

Esta informação foi revelada hoje, em Maputo, pela médica pediatra, Hemlaximin Nataial, afecta ao Hospital Geral José Macamo, na capital moçambicana.

Segundo a médica, esta situação resulta do facto de se estar a registar um elevado número de crianças malnutridas, a maior parte delas filhas de mães portadoras do vírus do HIV/SIDA.

Em entrevista à AIM, Nataial explicou que algumas mães seropositivas não têm condições para providenciar leite artificial para os seus filhos, noutros casos, as progenitoras não possuem condições higiénicas necessárias para preparar o leite, sobretudo para tratar os recipientes em que os bebés tomam o leite.

Nas nossas condições, não temos outra alternativa senão aconselhar as mães seropositivas a amamentar os seus bebés. Muitas dessas mães não têm possibilidades para comprar o leite artificial. Noutros casos, as mães não estão em condições higiénicas para tratar os biberões (recipentes em que os bebés tomam leite) e preparar o leite com água de qualidade”, explicou.

A médica acrescentou que “á falta de cuidados no tratamento do leite para as crianças pode resultar em diarreias e nos temos registado muitos casos desses”.

A amamentação é um dos veículos de transmissão do vírus de HIV de mãe seropositiva para o filho.

Recomenda-se que as mães portadoras do vírus não amamentem os seus bebés para que estes não contraiam HIV.

De acordo com Nataial, o Hospital Geral José Macamo recebe muitos casos de crianças malnutridas e a enfermaria da pediatria na secção de malnutrição fica constantemente cheia de pacientes. Algumas vezes duas a três crianças ocupam uma mesma cama.

Porém, a malnutrição crónica, algumas vezes associada ao HIV/SIDA, não é a única causa de procura daquela unidade sanitária.

O Hospital Geral José Macamo recebe todos os dias crianças com diarreias, malária, malnutrição e doenças respiratórias. A Pediatria do Hospital Geral José Macamo tem 57 camas e 43 berços.

Cerca de metade dos casos que dão entrada naquela unidade sanitária é proveniente das províncias do sul de Moçambique, principalmente Maputo e Gaza, e a outra metade das zonas circunvizinhas, arredores da capital moçambicana.

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