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SNJ – Candidatos sem requisitos

Os três candidatos a sucessão de Assane Issa, para o cargo de secretário-geral do Sindicato Nacional de Jornalistas – SNJ, não reuniam os requisitos exigidos pelo regimento eleitoral da quinta conferência provincial daquele organismo, que teve lugar sábado, na cidade de Nampula.

Assim, Assane Issa, jornalista do Notícias que havia mostrado a sua indisponibilidade de se recandidatar para mais um mandato de cinco anos, continua em exercício, até a realização de um eventual encontro extraordinário para eleger novos corpos directivos da associação sindical.

Entendeu a comissão eleitoral, depois de analisar as três candidaturas que nenhuma delas reunia os requisitos exigidos, de acordo com o regimento e directiva eleitoral, nomeadamente os candidatos terem quotas em dia, serem membros do SNJ e contar no mínimo, com três anos de filiação activa no sindicato e as candidaturas terem suporte de um ou mais comités locais.

Floriberto Fernandes, jornalista da TVM, a sua candidatura foi desqualificada pela comissão eleitoral, por não ter tido suporte de nenhum comité local e ele contar apenas com 22 dias de filiação efectiva como sindicalista, bem como por não ter quotas em dia.

Faizal Ibramugy, jornalista da Rádio Encontro que igualmente concorria ao cargo, apesar de ter quotas em dia e ter suporte do comité local do órgão a que pertence, a sua candidatura foi desqualificada pelo candidato não contar, no mínimo com três anos de filiação efectiva, enquanto que o terceiro candidato, Jamal Ramadane, da TV Record Moçambique não reunia nenhum dos requisitos exigidos, ou seja nem se quer é membro do SNJ.

A desqualificação das três candidaturas pela comissão eleitoral, que seguiu a risca o regimento e a directiva das eleições dos corpos sociais do SNJ ao nível daquela província do norte do país, também abrangeu aos candidatos a delegados a sexta conferência nacional que se realiza ainda este ano e ao candidato a membro do conselho nacional daquela organização sindical por não estarem em pleno gozo dos seus direitos estatutários.

Esta decisão da comissão eleitoral em considerar não elegíveis as três candidaturas submetidas para exercer o cargo de secretário e respectivo secretariado provincial do SNJ em Nampula, por motivos acima descritos, criou alguma animosidade em alguns colegas da profissão, chegando a ponto de lançar impropérios que nada abonam com a postura que se quer da classe jornalística do país.

Eduardo Constantino, Secretário Geral do SNJ que presidiu os trabalhos da conferência provincial que igualmente tinha como ponto de agenda a apresentação do relatório de actividades e de contas do secretariado cessante durante o último quinquénio, mostrou-se frustrado com os resultados finais do encontro que tinha como objectivo final a eleição de novos corpos sociais do sindicato ao nível daquela província.

Falando aos presentes, o SG do SNJ, disse não acreditar que nenhum dos candidatos não soubesse dos requisitos exigidos para a sua elegibilidade, bem a assim a sua capacidade de voto, entendendo que isso deve-se o simples facto de não se levar a sério as actividades do sindicato.

Encontro inúmeras dificuldades em interpretar esta situação que está ocorrer aqui em Nampula, mas não podemos passar por cima do regimento, da directiva eleitoral e muito menos dos estatuto que eu jurei defender e como o sindicato não deve ficar a deriva o secretariado cessante mantém-se em funções até a realização de uma eventual conferência extraordinária, explicou Eduardo Constantino, apesar do actual secretário provincial ter manifestado a vontade de não continuar no cargo.

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