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Síria é cortada da Internet mundial com intensificação da guerra civil

As conexões de Internet entre a Síria e o mundo foram cortadas, esta Terça-feira (8), de acordo com os dados do Google e de outras empresas globais de Internet. As páginas do Relatório de Transparência do Google mostraram que o tráfego para páginas de serviços do Google naquele país, envolvido numa guerra civil há mais de dois anos, parou de repente pouco antes das 16h.

Os relatórios de tráfego do Google continuaram a mostrar nenhuma actividade cerca de quatro horas depois do corte. “Vimos isso duas vezes antes”, disse a gerente-sénior do Google para questões de livre expressão, Christine Chen. “Isso aconteceu na Síria em Novembro e no Egito durante a Primavera Árabe”.

É praticamente impossível determinar definitivamente a causa de tais interrupções a menos que alguém reivindique a responsabilidade, segundo os especialistas. No passado, o governo da Síria e os rebeldes que lutam para derrubá-lo acusaram-se mutualmente pela interrupção.

Os dados do Google mostraram interrupções de tráfego limitado à Síria, abrangendo todo o país. Privar uma nação inteira da Internet é possível porque os endereços IP, conexões individuais estabelecidas por cada dispositivo, são geograficamente específicos e o governo tem o controle sobre os prestadores de serviços de Internet no país.

“Efectivamente, o desligamento desconecta a Síria da comunicação via Internet com o resto do mundo. Ainda não está claro se a comunicação de Internet dentro da Síria ainda está disponível”, escreveu o director de tecnologia da empresa de serviços de infraestrutura OpenDNS, Dan Hubbard.

“Embora ainda não possa comentar sobre o que causou esta falha, os incidentes do passado estavam ligados tanto a interrupções ordenadas pelo governo como danos à infraestrutura, incluindo corte de fibra e queda de energia.” Nem o embaixador da Síria para os Estados Unidos, nem o enviado do país à Organização das Nações Unidas (ONU) puderam ser contactados para comentar o assunto.

O Centro para Democracia e Tecnologia condenou em Dezembro o desligamento anterior da rede na Síria, classificando de “violação indefensável dos direitos humanos” e de uma “interrupção perigosa e desesperada do livre fluxo de informações.”

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