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Síria desfez-se de menos de 5 por cento das suas armas químicas

A Síria desfez-se de menos de 5 por cento do seu arsenal de armas químicas, e perderá o prazo da próxima semana para enviar todos os seus agentes químicos ao exterior para destruição, disseram fontes familiares com o tema, esta quarta-feira (29).

As entregas deste mês, em dois carregamentos ao porto de Latakia, no norte sírio, totalizaram 4,1 por cento dos cerca de 1.300 toneladas de agentes tóxicos relatados por Damasco à Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), informaram as fontes, que falaram sob condição de anonimato.

“Não é suficiente e não há sinal de mais”, disse uma fonte sobre a situação. A operação, que conta com apoio internacional e é acompanhada por uma missão conjunta da Opaq e das Nações Unidas, está de seis a oito semanas atrasada. Damasco precisa de mostrar que as intenções de abdicar de as suas armas químicas ainda são sérias, disseram as fontes à Reuters.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou em um relatório ao Conselho de Segurança nesta semana que os carregamentos foram desnecessariamente atrasados e exortou o governo do presidente Bashar al-Assad a acelerar o processo. Esta é a mensagem que será comunicada ao representante da Síria na Opaq durante a reunião do conselho executivo na quinta-feira em Haia, segundo as fontes ouvidas.

Mediante o acordo feito entre Rússia e Estados Unidos depois de um ataque com gás sarin a 21 de Agosto, a Síria prometeu entregar a sua quantidade completa até meados de 2014. Os ataques com foguetes nas cercanias de Damasco mataram milhares, incluindo mulheres e crianças.

A Síria, onde uma guerra civil já matou mais de 100 mil pessoas e forçou milhões a fugir, culpou os obstáculos de segurança pelos atrasos, dizendo que a missão não pode ser realizada seguramente a menos que receba veículos blindados e equipamento de comunicação.

Uma fonte informada da situação disse: “Sim, é verdade que há uma guerra, mas já se ouviu falar de uma guerra civil sem problemas de segurança? Eles têm todos os meios necessários para o transporte. Agora precisam começar a enviar os agentes químicos para fora”. Erradicar o estoque de armas químicas sírio, incluindo gás sarin, mostarda e VX, exige grandes fundos e apoio logístico estrangeiros.

A maior parte das substâncias tóxicas devem ser destruídas no Cape Ray, um navio de carga dos EUA actualmente a caminho do Mediterrâneo, que será carregado num porto italiano. O restante irá para várias instalações comerciais de processamento de dejectos, algumas delas na Grã-Bretanha e na Alemanha.

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