O Shakhtar Donetsk ucraniano derrotou por 2-1 na prorrogação (1-1 no tempo regulamentar) o Werder Bremen alemão na final da Taca UEFA, disputada nesta quarta-feira em Istambul, conquistando o segundo maior torneio de clubes do futebol europeu. Esta foi a 38ª e última edição da Taca UEFA, criada em 1971. A partir da próxima temporada, o torneio passará a se chamar Europa League, e terá um formato diferente do atual.
No estádio Sükrü Saraçoglu de Istambul, diante de 35.000 espectadores, todos os golos foram brasileiros. O gaúcho Luiz Adriano inaugurou o marcador para o Shakhtar aos 25 minutos. Mas dez minutos depois, o zagueiro Naldo empatou para o Werder. O golo da vitória só veio no primeiro tempo da prorrogação, por intermédio de Jadson (97).
Desde o desmembramento da União Soviética, em 1991, é a primeira vez que uma equipe ucraniana ganha uma competição européia. Mas a equipe dirigida pelo bem sucedido técnico romeno Mircea Lucescu, de 63 anos, vinha avisando há algum tempo de suas intenções, apoiada pelos recursos de seu milionário presidente, Rinat Akhmetov.
O jogo foi muito ríspido. O árbitro espanhol Luis Medina Cantalejo não expulsou ninguém, mas teve que mostrar sete cartões amarelos, quatro deles para os alemães. Os “ucraniano-brasileiros” jogaram melhor, tiveram o controle do jogo, portanto, foi uma vitória justa.
Luiz Adriano recebeu dentro da área e tocou com categoria para as redes de Tim Wiese. Porém, a equipe de Bremen procurou reagir e dez minutos depois, Naldo, cobrando uma falta, empatou, com uma grande contribuição do guarda redes Andriy Pyatov, que não segurou a bola. Mas o golo da vitória dos ucranianos também teve a cumplicidade do guarda redes alemão. Jadson recebeu um passe na área e, um pouco desequilibrado, chutou rasteiro. Tim Wiese ainda tocou na bola, mas não conseguiu segurá-la.
A conquista da Taca UEFA seria uma boa oportunidade para salvar uma temporada péssima na Bundesliga, na qual o Werder está na décima posição. “Todos nós estamos desiludidos. Não conseguimos ganhar a final. Temos que aceitar”, lamentou Schaff.