Sete pessoas morreram e nove outras sobreviveram à Doença do Vírus do Ébola na Nigéria, segundo um balanço divulgado pelas autoridades médicas do país. A sétima vítima, uma idosa, morreu num centro de isolamento de Port Harcourt, no Estado de Rivers (Sul), anunciou, na noite da quarta-feira, o ministro da Saúde, Onyebuchi Chukwu.
“No total, oito pacientes foram tratados com êxito e regressaram às suas casas. O último caso que teve alta, o primeiro contacto secundário testado positivo e uma esposa dum contacto primário do primeiro paciente, regressaram às suas casas ontem, terça-feira, em Lagos.
O nono sobrevivente é um funcionário da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que escapou à vigilância em Lagos e partiu para Port Harcourt onde infectou o médico que o assistiu”, precisou o ministro.
“O número total de mortos devido ao vírus do Ébola na Nigéria agora é sete. A primeira morte é o do caso (primeiro paciente) ocorrido num hospital privado de Lagos; quatro numa unidade de isolamento de Lagos e outro no serviço de isolamento de Port Harcourt.
Trata-se da paciente que foi admitida no mesmo hospital onde o médico de Port Harcourt foi igualmente internado, enquanto a última morte é a do doutor infectado pelo funcionário da Comissão da CEDEAO em Port Harcourt”, acrescentou.
Duas pessoas infectadas pelo vírus do Ébola estão actualmente a ser tratadas – uma em Lagos, a capital económica, e a outra na cidade petrolífera de Port Harcourt – enquanto 41 contatos estão sob supervisão em Lagos e 296 em Port Harcourt.
Segundo Chukwu, um total de 320 contatos foram autorizados a regressar às suas casas depois de 21 dias de observação e a doença não se propagou fora das cidades de Lagos e Port Harcourt. No total, 18 casos da Doença do Vírus do Ébola foram registados na Nigéria.
A doença assola duramente a Guiné Conakry, a Libéria e a Serra Leoa antes de se estender à Nigéria a 23 de Julho quando um Liberiano infectado, Patrick Sawyer, chegou a Lagos para uma reunião da CEDEAO em Calabar. Patrick Sawyer morreu dois dias mais tarde num hospital privado de Lagos, onde infectou vários agentes de saúde.