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“Sete milhões”: chefe de posto administrativo acusado de extorsão

O chefe do posto administrativo de Calipo, no distrito de Mogovolas, na província nortenha de Nampula, Alberto Cavo, é acusado de extorquir 150 mil Meticais (pouco mais de 4.5 mil dólares norte-americanos) de um mutuário do Fundo de Desenvolvimento Distrital vulgo “sete milhões”.

O episódio registou-se no posto administrativo de Imala, distrito de Muecate, onde Cavo desempenhou, ao longo de cinco anos, as funções de chefe de posto local e o caso veio a público, através de uma denúncia, durante um encontro popular que o governador de Nampula, Felismino Tocoli, orientou há dias no âmbito da sua visita de dois dias aquele distrito.

Manuel António, uma das vítimas de extorsão, disse que foi contemplado, em meados do ano passado (2010), com um empréstimo de 300 mil meticais do Fundo de Investimento de Iniciativa Local, montante que seria aplicado na comercialização de excedentes agrícolas. “Quando me entregaram o cheque no valor de 300 mil meticais, o chefe do posto exigiu-me que lhe entregasse metade do valor alegando ter sido ele quem teria influenciado a aprovação do crédito”, contou a vítima citada pelo matutino “Noticias”.

Como a vítima mostrasse resistência, Cavo mobilizou para a sua causa outras figuras influentes de Imala para intercederem junto de Manuel António que, segundo disse, preferiu entregar os 150 mil meticais de que dispunha na altura, mas com a promessa de denunciar. Assim sendo, o ofendido decidiu denunciar este acto corrupto durante o encontro com o governador Tocoli.

Para averiguar o facto, o Governo já criou uma comissão de inquérito que está já a trabalhar no assunto e, tendo em conta que esta não é a primeira vez que Cavo é indiciado de corrupção, poderá ser responsabilizado disciplinar e criminalmente. Tocoli instou a população de Imala a denunciar outros casos de corrupção que porventura possam existir. Na ocasião, o governador deixou o seu contacto telefónico móvel para facilitar as denúncias.

Tocoli garantiu que o dinheiro destinado a financiar as iniciativas de António Manuel será devolvido e punidos os infractores que, segundo ele, se aproveitam do trabalho dos outros para enriquecerem em detrimento dos interesses da maioria.

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