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Sete deputados da oposição ficam feridos em confronto no Parlamento da Venezuela

A maioria governista na Assembleia Nacional da Venezuela decidiu, esta Terça-feira (30), negar o direito de palavra à oposição até que ela reconheça Nicolás Maduro como presidente, provocando um confronto que deixou pelo menos sete deputados opositores feridos.

A disputa acontece no momento em que a oposição, que afirma que o seu líder Henrique Capriles ganhou as eleições, prepara-se para pedir a anulação dos resultados eleitorais e a poucas horas do Dia de Trabalho, para quando o governo e a oposição anunciam passeatas em Caracas.

Segundo dados oficiais, Maduro venceu as eleições presidenciais de 14 de Abril por 1,49 ponto percentual em relação a Capriles, provocando incidentes violentos e um clima de latente instabilidade política. O presidente do Parlamento, Diosdado Cabello, disse que a decisão deve continuar até que a oposição aceite publicamente Maduro, um ex-motorista de autocarro de 50 anos, como presidente, o que levou a protestos da oposição com assobios, gritos e cartazes.

“Senhor Diosdado Cabello, a consciência não se submete a qualquer exame, podem nos acertar, como têm feito, nos colocar na cadeia, podem nos matar, mas os princípios não se vendem”, disse o deputado Julio Borges à televisão local.

“Esses golpes vão nos dar mais força…o senhor, Diosdado Cabello, está a cavar uma sepultura para todo o processo que vocês chamam de revolução”, acrescentou ele, com sangue no rosto e olhos inchados. O bloco governista rejeitou “os actos de violência”, os quais atribuiu aos adversários.

“Sete deputados feridos, mas vamos continuar a participar da Assembleia Nacional. Vão nos tirar feridos ou como quiserem, mas vamos continuar presentes”, disse o deputado da oposição Carlos Ramo em sua conta no Twitter. Uma assistente da deputada Maria Corina Machado disse à Reuters que a dirigente política foi chutada no chão e levada para uma clínica por causa de uma fractura no nariz.

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