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Banana moçambicana no mercado asiático

A empresa Matanuska, localizada no “Corredor de Nacala”, na província de Nampula, norte de Moçambique, prevê exportar cerca de 54 mil toneladas de banana para o Médio Oriente até finais do corrente ano. John Dwyer, director executivo da exploração agrícola de Metocheria, em Namialo, distrito de Monapo, na província de Nampula, disse que a previsão do grupo é exportar 70 mil toneladas a partir de 2014.

A exportação de banana para o mercado asiático, escreve o jornal “Noticias” na sua edição da Terça-feira, iniciou em 2010 e, neste momento, têm sido colocados por semana 50 contentores com pouco mais de mil toneladas. Trata-se de uma indústria com bastante potencial, pois no mercado internacional a qualidade e preço são factores determinantes.

“O que fazemos aqui é quase nada porque estamos no mercado com indústrias bastante antigas como a das Filipinas que coloca anualmente no mercado do Médio Oriente, como principal exportador, pouco mais de três milhões de toneladas por ano”, disse.

Semanalmente, atraca no Porto de Nacala, que dista cerca de cem quilómetros dos campos da Matanuska, um navio que transporta a banana para Port Louis, nas Maurícias, de onde segue depois para o destino final na Arábia Saudita ou Irão.

“Temos compradores da nossa banana para todo o ano”, asseverou a fonte. Neste momento, aquela empresa dispõe de plantações em 1.440 hectares e no próximo ano deverão ser plantados outros 250 hectares, esperando-se que se complete os 2.300 em 2015.

Esta meta, segundo a fonte, é estabelecida em função da selecção dos melhores solos que garantam produtividade e, sobretudo, a disponibilidade de água para a rega.

Com efeito, para o estabelecimento das plantações em Metocheria foi erguida uma barragem em Netia com capacidade de armazenamento de 55 milhões de metros cúbicos de água, uma represa para além de quatro estações de bombagem de água usadas essencialmente no período seco com capacidade para irrigar 3.000 hectares.

“É um projecto grande. Neste momento enfrentamos problemas com o movimento de exportação, por várias razões. Está em curso um programa de reabilitação do porto ao qual temos que nos adaptar”, disse.

Até aqui foram aplicados no empreendimento pouco mais de 70 milhões de dólares por investidores de origem zimbabweana e norueguesa que esperam o retorno num período de entre seis e oito anos.

John Dwyer diz que a colocação da banana no merca externo depende muito do mercado. No Médio Oriente, por exemplo, a banana é vendida ao preço de 500 dólares por tonelada dependendo da negociação e do comprador.

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