Os Serviços Distritais da Educação, Juventude e Tecnologia de Meconta e Quelimane, nas províncias de Nampula e da Zambézia respectivamente, estão dever subsídios aos alfabetizadores e educadores de adultos há meses, facto que desmotiva o pessoal afectado.
Em Nampula, existem 3.974 alfabetizadores, dos quais 2.434 homens e 1.540 mulheres. Desde que renovaram os contractos para exercer esta actividade, em Março, ainda não receberam nenhum valor e as razões para o efeito ainda não são bem claras. Cada educador possui duas turmas e lecciona em dois períodos, um de manhã e outro à tarde. No final de cada mês têm o direito de receber uma subvenção de 650 meticais.
Ao @Verdade, o director dos Serviços Distrital Educação, Juventude e Tecnologia de Meconta, Agostinho Uanieque, reconheceu a legitimidade do agastamento dos alfabetizadores, todavia, o seu sector não dispõe de meios para solucionar o problema. Ou seja, não há fundos suficientes para pagar a todos de uma única vez.
Em relação a Quelimane, os serviços distritais devem aos alfabetizadores 313 mil meticais referentes aos subsídios dos meses de Julho a Setembro últimos que não foram pagos. Alguns afectados abandonaram as turmas e passaram a dedicar-se a outras actividades rentáveis.
O director da Educação na cidade de Quelimane, Armindo Primeiro, disse que a demora no pagamento do dinheiro em causa deriva da morosidade na tramitação das folhas de salários junto da Direcção das Finanças e de outros agentes administrativos envolvidos no processo.
Entretanto, Armindo Primeiro garantiu que até próxima semana o problema será resolvido. Em todos os bairros de Quelimane, excepto as unidades residenciais de Mirazane e Inhangome, existem 4.026 alfabetizandos e o grosso é do Feminino, assistidos por 61 alfabetizadores e educadores de adultos.
Para além da morosidade no pagamento de subsídios, os alfabetizadores da cidade de Quelimane queixam-se da falta de material didáctico, tais como quadros pretos e giz.