Os serviços postais actuam apenas nas zonas urbanas de Moçambique, embora a maioria dos moçambicanos continuem a residir no meio rural, revela o mais mais recente Relatório de Regulação das Comunicações, que no entanto refere que pela primeira vez foram registados 151 postos de acesso aos correios.
O documento produzido pelo Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique(INCM) constatou que “os prestadores de serviços postais que actuam apenas em parte do território nacional tendem a fazê-lo, na sua grande maioria, nas áreas urbanas onde se encontram sedeados, embora existam excepções”.
“Da recolha de dados no terreno constatou-se que quatro províncias têm sedes de entidades postais licenciadas, nomeadamente: Maputo, Sofala, Tete e Nampula. O maior número de entidades postais licenciadas encontra-se localizado na Cidade de Maputo com 28 (vinte e oito), seguida da Província de Sofala com 6 (seis)”, indica também o Relatório que estamos a citar.
A Autoridade Reguladora das Comunicações verificou ainda, que num mercado dominado por duas empresas estatais e duas privadas, as receitas tiveram um redução de 19,6 por cento.
“Em 2016 o mercado postal totalizou receitas de aproximadamente 558.000.000 de meticais contra os 662.042.539,68 meticais registados em 2015”. O Relatório apresenta como causas do decréscimo das receitas “a tensão político-militar, que impossibilitava o transporte de bens e mercadorias do sul para o norte de país, bem como aos efeitos da crise económica que se verificou ao nível da região da SADC”.
Entretanto o INCM verificou um aumento de 8,4 por cento nos pontos de acesso à rede postal no período de 2015 a 2016 e notou que “Esta é a primeira vez que, a nível nacional, se registaram cerca de 151 postos de acesso ao serviço postal”, sendo que 96 destes postos pertence aos Correios de Moçambique (96).