Pelo menos 41 pessoas morreram, 45 contraíram ferimentos graves e 32 ligeiros em resultado de 32 acidentes de viação, entre 19 a 25 de Março, em diversas estradas moçambicanas, período que coincidiu com a semana santa. A Polícia diz estar agastada com a situação e pede o envolvimento da sociedade no sentido de evitar a tragédia.
“É necessário que tenhamos a consciência de que os acidentes de viação estão a ceifar vidas e atrasam o desenvolvimento de um país. Não se pode olhar para a questão de trânsito como se fosse exclusivamente da responsabilidade da Polícia”, disse Inácio Dina, porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), num briefing à imprensa.
Em igual período do ano passado, houve 38 óbitos, 41 feridos graves e 11 feridos ligeiros, devido a 49 sinistros. As causas têm sido sempre as mesmas, o acesso de velocidade, a condução em estado de embriaguez, as manobras irregulares, entre outros actos que consubstanciam indisciplina, violação dos preceitos previstos no Código da Estrada e dos ensinamentos adquiridos nas escolas de condução.
Inácio Dina disse que os condutores e peões devem ainda observar e respeitar os sinais de trânsito verticais e marcados no pavimento na via. “Tudo quanto os automobilistas aprenderam na escola deve ser escrupulosamente aplicado”. “As consequências [dos acidentes] continuam a preocupar e queríamos que esta preocupação se estendesse a todos nós. Que actuássemos em conjunto” para reduzir o indicie de derramamento de sangue e luto nas estradas.
Num outro desenvolvimento, o agente da Lei e Ordem indicou que na semana finda 43.908 viaturas foram fiscalizadas, emitidos 7.496 avisos de multas, 73 veículos, 91 livretes e 324 cartas de condução apreendidas por várias irregularidades e nove indivíduos detidos por condução ilegal.
As autoridades policiais realizaram igualmente campanhas de educação cívica, abrangendo 64.380 peões e 25.999 condutores, 9.438 ciclistas, 22.706 vendedores em diversos mercados, 5.357 alunos. E mais de oito mil motociclistas. Todavia, estas medidas não têm surtidos os efeitos desejados, na medida em que as mortes as mortes persistem nas estradas.