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SELO: Uma nota para a Renamo, a Frelimo e o MDM – Por Jorge Valente

As questões de fundo que se devem fazer são:

Qual é o perfil político de cada partido em Moçambique?

Dos cerca de 49 partidos políticos registados, quais são os da direita e quais são os da esquerda?

Nos períodos sem eleições vemos a Renamo, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a Frelimo e um pouco PIMO a passearem a sua classe e ponto final. Onde andam as outras formações políticas que aparecem em tempos de eleições para só comer o dinheiro do suor do povo?

Quais são os partidos que alinham com a Frelimo ou com a Renamo?

Que dificuldade não ultrapassável impede a oposição de ser alternativa de governação em Moçambique?

O regionalismo e tribalismo em Moçambique está muito alto e isso se nota quando intelectuais do sul do país se desdobram em defesa doa males da Frelimo mesmo cientes de que a Frelimo gere mal o território enquanto os intelectuais do centro e norte folgados e munidos de cobardia se calam por via de estabilidade financeira que possuem.

Ora bem, a oposição Moçambicana está muito fragilizada por conta da infantilidade política aliado a ganância, deixa andar, pobreza, bloqueio e subornos protagonizados pela Frelimo para manter-se a consolidar os males que implantou no país.

O regionalismo que a Frelimo implantou criou e consolidou uma situação em que os partidos da oposição defendem o sul e o regime de governação do império de Gaza porque maior parte dos seus líderes são do sul e os que são das repúblicas vassalas do centro e norte apenas alinham em defesa da Frelimo por via de suborno para adquirir estabilidade dos seus grupos em detrimento do desafio comum de estabilidade geral de todo território.

Uma nota importante é que o país necessita urgentemente de ALTERNÂNCIA governativa e os dois partidos da oposição Renamo e MDM já mostraram em suas governações autárquicas, que podem apesar de alguns entretanto levar a cabo uma governação para o início das transformações democráticas que o país necessita.

A Renamo, MDM e Afonso Dhlakama são alternativas de mudanças em Moçambique. Na sua governação municipal em Nacala-Porto a Renamo mostrou esperanças de partido democrático e o MDM está a trilhar o mesmo exemplo, não obstante alguns erros de percurso. A Renamo e Afonso Dhlakama brincaram nesse tempo todo com as aspirações do povo moçambicano. Nas 5 Eleições que tiveram lugar em Moçambique, o povo depositou confiança a esse partido Renamo para mudanças de verdadeira independência. A Renamo venceu as eleições, mas fez-se de perder.

A última fantochada foi em eleições passadas em que a Renamo ganhou mas deixou a Frelimo governar sem legitimidade. Mesmo assim deixou os seus famintos e cobardes deputados tomarem posse para se enriquecerem a custa do povo oprimido.

Só agora vem exigir a governação nas 6 províncias em vez de insistir no governo de transição, interino, de gestão ou de unidade nacional.

Os pecados da Renamo e do seu líder

Insistentemente o povo e a conjuntura democrática global clamam por alternância governativa. A alternância governativa que a Frelimo faz e simula não serve no momento actual, pois que as estratégias de actuação maléfica são as mesmas.

Onde está o pecado da Renamo? É que a Renamo e o seu líder, movidos pela infantilidade política aliada à ganância, aceitaram tomar posse mesmo confirmada a fraude sistemática da Frelimo. O exemplo da Costa do Marfim era viável para repor a vontade do povo.

Hoje, a Renamo reivindica a vitória mas o governo ilegítimo já foi instituído e está a prosseguir com as acções de exclusão e má governação. Não me parece sensato querer governar as seis províncias porque a vitória está em todo o país e o povo sente na carne e no osso as acções da Frelimo.

Repito que ninguém está contra a Frelimo mas sim seus males. Os ventos de mudança já iniciaram e o processo é irreversível. Infelizmente está uma gangue de ditos intelectuais encabeçados por ilustre Gustavo Mavie a desinformar e apagar o clamor do povo pela igualdade de oportunidades neste país. O grupo não sente que a Frelimo criou e consolidou o regionalismo e colonialismo doméstico que urge corrigir. Eu não sei como vai se sentir esse grupo quando a revolução vencer.

Um facto curioso é que as pessoas que estão a defender a Frelimo são todas do sul e os do centro e norte esconderam-se numa sombra a assistir em vez de levantar a voz para redução da hegemonia do sul.

Por Jorge Valente

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