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SELO: Carta aberta ao ministro da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional

Excelência! Nós docentes e corpo técnico administrativo do Instituto Superior de Contabilidade e Auditoria de Moçambique (ISCAM) recebemos com muito agrado a notícia de que, nos próximos dias, o senhor vem visitar a nossa instituição. Sentimo-nos honrados, aliviados e agradecemos antecipadamente a Deus pela sua vinda à nossa instituição mesmo sem saber o que nos reserva a sua visita.

Esperamos, sinceramente, que a visita não seja de cortesia política. Estamos convictos de que o senhor se fará acompanhar pelo novo director adjunto, que seja capaz de assessorar o director geral na sua nobre missão de dirigir com zelo a nossa instituição.

Escrevemos com as lágrimas nos olhos e com os estômagos vazios e ruindo de tanta fome, porque até a presente data os docentes não auferiram os seus salários e estão dependentes da disposição da directora adjunta, a senhora Carla Aurora Moiana, para assinar cheques. Estamos a ser punidos porque falamos a verdade.

Que o senhor ministro não se deixe enganar pela aparência desta bandida nem pela beleza externa da instituição. Certamente que irá deparar-se com o chão coberto de mármore, árvores podadas, pinturas novas. Tudo isto para impressioná-lo. A verdade é uma: muito dinheiro está a ser desviado dos cofres da instituição para o bolso da Carla Moiana e dos seus sobrinhos. Trata-se de Nagea Mabote (assessora financeira da instituição filha da sua prima) e Lodge (chefe da UGEA e filho da sua irmã mais velha).

Esperamos, igualmente, que nos traga o relatório final da IGF relativo aos desvios de fundo na nossa instituição, protagonizados pela directora adjunta.

Procure saber dos nossos auxiliares se as moelas e patas de galinhas foram bem preparadas e servidas pela amiga da senhora Carla, que está a explorar o centro social da instituição.

Pergunte a ela sobre as motivações que a levaram a cortar o pão e o leite na alimentação daqueles que todos os dias estão expostos a detergentes fortes como creolina, durante a limpeza nas casas de banho de estudantes e no economato.

Senhor ministro, desculpa a via usada para expressar os nossos sentimentos. Sabemos que roupa suja se lava em casa, mas quando em casa não sai água recorre-se ao vizinho. Temos medo e não estamos seguros, porque somos agentes do Estado e docentes contratados, por isso, se enfrentarmos a “fera” seremos expulsos.

Aliás, os colegas que quiseram se livrar dos maus-tratos da senhora Carla, através dos inspectores enviados pelo seu ministério, estão hoje a contas com ela, e outros foram expulsos.

Será que os demandos que esta senhora comete é por ela ser oriunda desse Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional? Ela teve a coragem de dizer, em pleno consultivo de direcção, que os inspectores não a esconderam nada, pese embora eles tenham nos garantido sigilo.

Senhor ministro, se a sua visita é no âmbito do cumprimento do Programa Quinquenal do Governo e está ciente da crise que os moçambicanos enfrentam, no término da sua visita leva consigo a senhora Carla e os seus queridos sobrinhos para longe de nós.

Senhor ministro, antes de deixar a instituição visite a vitrina para melhor apreciar as nomeações e escala ainda os gabinetes para consolar os enteados da Carla Moiana, que estão a padecer lendo jornais.

O mármore que está a ser colocado no corredor para impressioná- -lo custou aos cofres do Estado 6.000.000 de meticais.

O senhor ministro duvida do que estamos a dizer? Recorda-se do play back da cantora Anita Macuácua, na graduação passada, e sabe quanto custou ao Estado? Foram 200.000 meticais.

Desculpa-nos senhor ministro, por lhe antecipar o stress! Estamos FARTOS da Carla Moiana e dos seus abusos. Em plena jornada científica, ela abandonou o coitado do director geral para receber a sua médica tradicional no seu próprio gabinete de trabalho. Que SUSTO!

No ultimo dia das jornadas científicas (26/08/16), Carla Moiana entrou muito cedo na instituição fazendo-se acompanhar, no carro, por uma idosa e sem demoras ambas dirigiram-se ao seu gabinete de trabalho, onde a idosa permaneceu enquanto Moiana fazia uma passeata na sala que acolhia as jornadas.

Subitamente ouviram-se no gabinete da Moiana, gritos (impossível de traduzir em palavras na língua de Camões) característicos dos nossos conhecidos espíritos africanos, mas certamente recordaram aos que ouviram aquelas cerimonias de maziones ou outras cerimonias tradicionais presididas por curandeiros. Moiana correu para a sua sala afim de amainar os ânimos da anciã, o que culminou com a sua retirada compulsiva com ajuda do seu guarda confiado, que em troca é pago as despesas do curso que frequenta nesta instituição.

Esperamos, ansiosamente, por si, senhor ministro. Acreditamos na informação fidedigna que vossa excelência irá transmitir ao Primeiro-Ministro para muito rapidamente ter-se uma luz verde. BOAS VINDAS!

Senhor ministro, vamos terminar por aqui. Não dissemos tudo e permitam- nos lembrar que nesta instituição trabalham funcionários a tempo inteiro e parcial, maioritariamente com formação académica de reconhecido mérito. Eles são capazes de fazer leituras sobre o cometimento de vossa excelência na busca de soluções para os problemas que lhe cabem enquanto titular do ministério de tutela.

Por funcionários do ISCAM

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