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SELO: A verdadeira ciência complementa-se com a tradição – Por Rabim Chiria

Nas últimas duas semanas recebemos notícias inéditas, que dizem respeito ao homem que deu parto e do morto que regressou ao convívio familiar no distrito de Macanga, na província de Tete. Ora, sobre este fenómeno foram chamados: antropólogos, sociólogos, historiadores e mais outros académicos para darem o seu ponto de vista nos media, mas nem um deles conseguiu trazer uma explicação exaustiva.

Quase todos se refugiava na tradição. Bem, quando falo da tradição estou a fazer referência daquilo que no domínio público é entendido como superstição. Mais atenção! Nem toda tradição é supersticiosa, no entanto, posso dizer que alguma tradição é supersticiosa. Mas este não é o foco deste debate. O que eu quero salientar é que a verdadeira Ciência se complementa com a tradição, porque nem todo fenómeno pode ser explicado pela ciência.

Os académicos tem “mania” de menosprezar a tradição, no entanto, acabam esquecendo que quem prática ciência é um ser humano, e, o ser humano , como sujeito biológico tem suas limitações. Aliás, a própria psicologia já testemunhou que o volume da memória operativa do homem é muito limitada, ou seja, a capacidade cognitiva do homem é baixa e limitada, sobretudo na explicação dos fenómenos da natureza e na tomada de decisão.

Muita das vazes, os académicos explicam as manifestações sociais sem fazer uma escavação profunda da “essenciologia” que causam tais manifestações, e finalmente acabam-se equivocando. No entanto, o que explica as manifestações sociais não é o fenómeno em si, mas sim, a “essenciologia”, e a “essenciologia” não é somente um produto da Ciência, mas também da tradição. Portanto, isto mostra claramente que a Ciência e a tradição se complementam.

Não restam dúvidas que existem fenómenos que transcendem as capacidades cognitivas dos cientistas sociais, cabendo apenas a tradição para trazer uma explicação clara e exaustiva. Desde que o mundo foi criado, só a comunidade religiosa é que já especulou sobre o retorno dos mortos a vida, nunca a comunidade científica.

Sobre o inédito de Macanga é facto consumado, uma pessoa que perdeu a vida à 6 (seis anos atrás) voltou ao convívio familiar, porém, quando foi questionada, apenas disse que lá onde estava têm muitas outras pessoas, até agora não se sabe se é no céu ou no cemitério, pois cabe a tradição ou mesmo a comunidade religiosa dar o seu parecer sobre este fenómeno.

De salientar que este fenómeno também aconteceu em Angola. Um jovem que supostamente havia perdido a vida, vítima de acidente, alguns meses depois voltou para casa dos país! Que dizer, foi sepultado e alguns meses depois voltou ao convívio familiar. Aliás, os país já tinham esperança de que um dia, o filho voltaria para casa, pois não sei o que eles confiavam, mais duvido que seja na ciência que os cientistas sociais e académicos tanto veneram.

Quando voltou, foi questionado sobre, onde ele estava, apenas disse que estava a trabalhar numa machamba de bananeiras, e acrescentou que lá também havia outras pessoas que faziam a mesma actividade e só ele é que havia conseguido escapulir. E o jovem já não gozava de boas sanidades mentais, mas quando a família recorreu a tradição, parece-me que deu certo.

O jovem chegou de recuperar o juízo. Não foram para hospital porque sabiam que não poderia resultar nada. Então, isto monstra que nem tudo pode ser explicado pela ciência, porque as pessoas que praticam essa ciência têm suas limitações, e portanto há uma complementaridade entre a ciência e tradição.

Por Rabim Chiria

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