Mais de seis milhões de crianças menores dos cinco anos de idade sofrem de desnutrição crónica na República Democrática do Congo (RDC) em 2016, declarou quarta-feira última a coordenadora do Grupo de Comunicação da Organização das Nações Unidas (ONU), Florence Marchal.
A RD Congo figura na lista de países com maior número de crianças desnutridas de maneira crónica e esta situação é considerada como uma urgência que merece uma atenção particular de todos os atores no país, revelou Marchal durante uma conferência semanal da ONU em Kinshasa.
A SEU VER, apesar de existir hoje na RD Congo uma política multissetorial de nutrição, o Governo deverá investir quatro vezes mais na nutrição e doadores, do seu lado, deverão duplicar as suas contribuições para este sector.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) ajuda o Governo congolês a posicionar a nutrição como ponto central no desenvolvimento e fazer com que as intervenções se concentrem nos grupos mais vulneráveis fazendo assim recuar este flagelo no país.
Segundo Marchal, a desnutrição tem múltiplas consequências, nomeadamente o aumento do risco de falecimento para menores dos cinco anos de idade, a redução drástica da sua capacidade cognitiva e da aprendizagem, a redução de produtividade da população e a persistência do ciclo intergeracional deste mal e de pobreza.
Também afecta a criança do ponto de vista individual sendo as suas sequelas irreversíveis, alertou.
Um petiz desnutrido durante osprimeiros mil dias da sua vida nunca poderá desenvolver toda a sua potencialidade e a desnutrição crónica pode causar uma diminuição do Produto Interno Bruto (PIB) anual de três para oito porcento.