O Ministro moçambicano da Defesa, Filipe Nyusi, disse na quarta-feira, em Maputo, que não se pode medir o nível de segurança aérea apenas com base na existência ou não de aviões no país.
Falando a jornalistas momentos após a abertura da 14/a Conferência do Comité Permanente de Aviação Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), Nyusi disse que o maior passo para garantir a segurança aérea é formar quadros deste ramo.
“Nós estamos muito avançados na componente de formação de homens. Por exemplo, parte dos pilotos da empresa (pública) Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) foram formados pela Força Aérea, portanto, os aviões podem aparecer a qualquer momento enquanto temos homens formados”, disse o governante.
A semelhança do que ocorre em muitos países do mundo, em Moçambique, as autoridades escusam-se a revelar a quantidade de meios que a Policia ou das Forças Armadas dispõe, alegando tratarse de segredo do Estado.
Entretanto, na sua intervenção durante a abertura deste encontro de um dia, Nyusi disse que este encontro ocorre numa altura em que o ambiente operacional das Forças Armadas da região se debate com inúmeros desafios e ameaças invulgares.
Segundo ele, esses desafios impelem as Forças Armadas a estreitarem relações para adoptarem medidas conjuntas e concertadas de modo a lidar com esta realidade. Ele disse ser indispensável se construir uma capacidade de Forças Aéreas coesas e compatíveis a altura da nova procura.
“Os conflitos de fundamentação étnica e religiosa, as mudanças inconstitucionais de governos democraticamente eleitos, os tráficos fronteiriços de todo o tipo e o terrorismo internacional constituem uma das ameaças à paz, segurança e à ordem democrática que adicionado de crises de carácter económico e naturais, perigam o desenvolvimento harmonioso dos nossos países”, referiu ele.
Durante o encontro, os comandantes da Aviação Militar da SADC passaram em revista as recomendações da última conferência deste organismo. Também revisitaram as estratégias para garantir a segurança aérea na região, particularmente na África do Sul, país que de Junho e Julho próximo acolhe o campeonato mundial de futebol.