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Sector privado aproveita apenas 10% da terra para agricultura

Apesar de Moçambique dispor de cerca de 36 milhões de hectares de terra arável, a classe empresarial doméstica explora somente 10% daquela área, segundo o Ministério para Coordenação da Acção Ambiental (MICOA). A área usada está a ser ocupada, basicamente, para produção de culturas de rendimento, ou seja, cana sacarina, algodão, copra, chá, citrinos, castanha de caju, tabaco, girassol e sisal, de acordo ainda com aquele departamento governamental, apontando o sector familiar como o mais dominante no uso da terra arável disponível para a prática da actividade agrícola de subsistência.

No global, 51% da área agrícola disponível são de florestas, segundo Erasmo Nhanchungue, director de Planificação e Estudos do MICOA, falando esta segunda- feira, em Maputo, à margem da cerimónia de lançamento do primeiro Compêndio de Estatísticas do Meio Ambiente. Nhanchungue revelou, por outro lado, que, pelo menos, 28 dos 128 distritos moçambicanos estão em risco de desertificação devido ao efeito negativo das mudanças climáticas e abate sem a devida reposição de árvores para a produção de carvão vegetal e lenha.

A baixa precipitação de chuva, tendo como consequências a redução dos caudais dos rios, queimadas descontroladas e erosão constituem constrangimentos que poderão acelerar a desertificação daquelas regiões, de acordo igualmente com Nhanchungue. De referir que o Compêndio de Estatísticas do Meio Ambiente resulta de um trabalho conjunto entre o MICOA e o Instituto Nacional de Estatística (INE) e tem em vista aumentar e aprofundar o conhecimento sobre o potencial do sector ambiental para uso sustentável de recursos naturais pelo sector privado, sociedade civil, estudantes e académicos.

A cerimónia do lançamento daquele documento contou com a presença do Primeiro- Ministro, Aires Ali, e membros do corpo diplomático acreditado em Moçambique.

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