O Vice-Governador do Banco de Moçambique (BM), António Pinto de Abreu, afirmou, sexta-feira última, em Maputo, que o sector financeiro nacional, para melhor se inserir na economia nacional, sobreviver à concorrência e desenvolver o país, deve pautar por uma abordagem de prestação de serviços mais agressiva e mais direccionada à correcta identificação de projectos, iniciativas e actividades financiáveis, e à adequada caracterização das especificidades da clientela potencial.
Falando no âmbito da 2ª Feira Internacional de Embalagens e Equipamento de Embalagem, que decorre em Maputo, o Vice-Governador do BM destacou três desafios fundamentais, nomeadamente o primeiro é orientado para o Estado, que na sua óptica, deve prosseguir com a expansão das infraestruturas básicas (transporte, telecomunicações, energia eléctrica); reforçar os mecanismos adicionais de financiamento dirigidos às Micro, Pequenas e Médias empresas (MPME’s); e dinamizar a implementação da Estratégia de Finanças Rurais em Moçambique.
O segundo desafio é para o Banco de Moçambique, que deve reforçar o quadro das políticas monetária e cambial; continuar a adequar a legislação com as autoridades fiscais para simplificar o investimento das instituições financeiras nos distritos; assegurar uma maior competitividade; assegurar a modernização do Sistema Nacional de Pagamentos; e adoptar políticas e quadro normativo adequados ao surgimento e massificação de serviços financeiros inovadores e inclusivos.
O terceiro e último é desafio do Governo e das Empresas respeitar a figura de “contratos” para maximizar a relação cliente-fornecedores, o que pode possibilitar uma redução da procura de crédito bancário e consequente impacto sobre as taxas de juro.
