O estado de saúde da população moçambicana continua a registar progressos, indica uma informação do Ministério moçambicano da Saúde (MISAU) referente ao primeiro Semestre do presente ano de 2009.
Este facto, segundo dados a que a AIM teve acesso, no âmbito da realização Quinta-feira, em Maputo, da II Reunião Bianual do Comité de Coordenação Sectorial entre o MISAU e Parceiros, é consubstanciado pela diminuição das doenças de notificação obrigatória com a excepção da cólera.
Com efeito, só durante o primeiro Semestre de 2009 foram registados 16 mil casos desta doença (cólera), com 150 óbitos. Apesar do número elevado de casos registados comparando com igual período de 2008, a taxa de letalidade registou uma tendência decrescente, segundo disse o Ministro da Saúde, Ivo Garrido.
Para o Ministro, esta tendência é sinal de que os casos registados não eram graves mercê de acções coordenadas de identificação precoce de casos de cólera e do respectivo encaminhamento para os centros de atendimento. Esta diminuição de óbitos devido a cólera é, segundo frisou Garrido, também uma indicação de uma melhor resposta por parte do pessoal que providencia atendimento em situações de surto.
Para o Ministro da Saúde, o surto de cólera veio realçar a necessidade imperiosa de acções permanentes visando promover a higiene individual e colectiva, bem como o envolvimento das comunidades na prevenção e manutenção da saúde. Quanto a área dos recursos humanos, considerada ‘pedra’ fundamental do sistema de Saúde em Moçambique, foram contratados, só neste primeiro Semestre, 138 médicos de diferentes nacionalidades (115 renovações de contratos e 23 novos) e 13 técnicos superiores nacionais (sete biólogos e cinco médicos).
No que concerne ao pósgraduação, um total de 18 médicos iniciaram a formação nas diversas especialidades de Saúde. Em relação a rede sanitária, o titular da Pasta de Saúde anunciou que “finalmente” foi concluída a reabilitação de 14 centros de saúde na província central da Zambézia, uma situação que se arrastava desde o ano de 1997. Esta reabilitação estava a ser levada a cabo com fundos da União Europeia. Alias, Garrido já se queixou publicamente de incertezas na disponibilização de fundos pelos parceiros de cooperação, incluindo ate os provenientes do Fundo Global, o que dificulta a implementação das diversas acções do MISAU.