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Samora Machel re-imortalizado na Praça da Independência

Samora Machel re-imortalizado na Praça da Independência

O presidente da Republica, Armando Guebuza, procedeu na Praça da Independência à inauguração da estátua de Samora Moisés Machel, um acto que marcou o momento mais alto da passagem dos 25 anos da sua morte, que esta quarta-feira, 19 de Outubro se assinalaram.

Numa cerimónia pouco concorrida, apesar de ter sido amplamente divulgada, o chefe de Estado moçambicano disse que pesou para a escolha daquele espaço para a colocação da estátua o facto de ter sido naquele local que Samora Machel protagonizou os grandes momentos do país e onde ele dirigia comícios populares para dialogar com o povo e anunciar importantes decisões da vida do pais e de apoio aos povos oprimidos.

“Foi aqui que Samora proferiu o discurso de tomada de posse e onde o povo se despediu dele”. Num outro desenvolvimento, Guebuza exaltou as qualidades do daquele que foi o fundador e primeiro presidente da Republica Popular de Moçambique, ao referir que “falar dele é render homenagem à clarividência, coragem, verticalidade, firmeza e carácter, reunidos numa só pessoa. É falar de uma figura que se distinguia pela forma clara e simples como interagia com o povo”.

“A etnizacão da política pode levar a confrontos e à insatisfação”, considera Graça Machel

A viúva de Samora Machel, considera que a descoberta e a revelação das causas do acidente do acidente de Mbuzine, no qual Samora pereceu, “trariam tranquilidade definitiva às família Machel e de outras vítimas e ao povo moçambicano e que, se os dois governos continuarem a trabalhar nesse sentido é bem possível que ela – a verdade – seja conhecida enquanto eu ainda estiver viva”.

Em relação aos seus ideais, Graça é de opinião de que, face ao actual contexto, “urge um debate (entre a Frelimo, partidos políticos, sociedade civil e outros sectores da sociedade civil) aberto e estruturado com vista à construção de uma visão conjunta sobre a unidade nacional pois a – actual – etnizacão da politica pode levar a confrontos e insatisfação, coisas que minam a unidade nacional defendida por Samora Machel”.

Segundo Graça, se Samora visse e ouvisse as ameaças à unidade nacional, de certeza que ele se insurgiria. No seu entender, o projecto de unidade nacional ainda não está acabado, mas pode falhar, daí que a sociedade moçambicana deve procurar uma nova maneira de ser, de modo a permitir que o povo viva sem desigualdades.

Partidos da oposição não irão aderir às manifestações da Renamo

Já Miguel Mabote, que falava em representação dos partidos políticos da oposição, para alem de evocar os feitos de Samora, revelou que “não vamos aderir aos discursos segundo os quais o Governo moçambicano será derrubado, por um lado, alem de serem contra a paz, os mesmos incitam à violência e, por outro, o Acordo Geral de Paz, assinado em Roma em 1992, não preconizam a toma do poder à forca”.

A estátua, ora inaugurada, mede nove metros de altura e pesa 4.87 toneladas. A mesma foi construída na Coreia do Norte e está assente sobre uma base de 2.7 metros, o que, juntado à sua altura, totaliza aproximadamente 12 metros.

Salientar que, para alem dos membros do Governo e do corpo diplomático, este evento contou com a presença dos presidentes da África do Sul, Jacob Zuma, do Zimbabwe, Robert Mugabe, do Botsuana, Seretse Khama, e dos antigos presidentes da Zâmbia, Kenneth Kaunda, entre outras personalidades nacionais e estrangeiras convidadas.

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