As quatro fábricas de açúcar existentes em Moçambique gastam, em média anual, cerca de 51 milhões de dólares norte-americanos no pagamento de salários e em acções de especialização dos trabalhadores em técnicas de produção daquele produto tradicional nas exportações moçambicanas.
No global, aquelas unidades produtivas empregam cerca de 36 mil assalariados e, de 2008 a 2010, foram realizados 674 cursos de formação profissional orientados por especialistas internacionais, segundo um relatório de actividades do Ministério da Indústria e Comércio (MIC), em poder do Correio da manhã.
Paralelamente àquele esforço, as açucareiras de Xinavane e Maragra, ambas na província do Maputo, Mafambisse e Sena (Sofala), têm vindo a providenciar cuidados de saúde, educação, abastecimento de água e habitação nas regiões onde residem os seus trabalhadores, segundo o mesmo documento.
Graças àquelas iniciativas, a produção de açúcar, em Moçambique, vai crescer de cerca de 13 mil toneladas métricas, em 1992, a perto de 400 mil toneladas até finais de 2011, segundo igualmente o Ministério da Indústria e Comércio, acrescentando que neste ano as quatro unidades produtivas de açúcar poderão gerar receitas acima de 90 milhões de dólares norte-americanos, valor que vai representar um aumento em cerca de 66% em relação à campanha agrícola anterior.
Como dificuldades a indústria açucareira moçambicana enfrenta o fenómeno de mudanças climáticas, por isso que, “apesar de grandes investimentos feitos na irrigação, a seca continua a se fazer sentir nas culturas”.