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SADC potencia ensino aberto e a distância

A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) está a investir pouco mais de seis milhões de dólares norte-americanos na potenciação do Ensino Aberto e a Distância, visando aumentar o seu contributo na oferta da escolaridade nos países membros.

Para o efeito, decorreu na última semana na cidade sul-africana de Joanesburgo um Seminário Regional de Sensibilização sobre o Ensino Aberto e a Distância (EAD), com o objectivo de divulgar as potencialidades dos Programas de Ensino Aberto e a Distância na SADC.

Trata-se de um programa com uma duração de cinco anos, financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), e tem como beneficiários nove países membros do bloco regional, nomeadamente Moçambique, Angola, Lesotho, Malawi, Madagáscar, RDCongo, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.

Thulanganyo Thutoetsile, coordenador do projecto, disse na abertura do seminário que o EAD tem um papel muito importante na melhoria do acesso, qualidade do ensino e da formação, bem como no desenvolvimento socioeconómico na região.

Segundo a fonte, o seminário visava, por outro lado, reduzir os preconceitos e equívocos prevalecentes em relação ao EAD, bem como promover a igualdade do género nos diversos programas do ensino, para que as suas potencialidades e aplicações sejam compreendidas por uma maior parte dos actores envolvidos no programa.

Assim, no encontro de três dias constituíram tónica dominante vários temas como o Panorama Geral do Projecto de Capacitação da SADC sobre o EAD; Informação, Educação e Comunicação (IEC) para o Ensino Aberto e a Distância; Estratégia Regional para a Integração do Género no EAD; o Quadro Regional de Monitoria e Avaliação para o EAD entre outras temáticas.

No seminário foi reservado um espaço para uma troca de experiências, que consistiu essencialmente no retrato das vantagens comparativas do EAD por pessoas dos países membros, cuja formação foi feita mercê do modelo. Na sua maioria, são pessoas a frequentar os vários níveis do ensino superior.

O EAD tem inclusive um programa de bolsas de estudo e outras facilidades de formação, mas que são completamente desconhecidos, daí que o Secretariado da SADC decidiu promover esta que é a primeira de uma série de capacitações para os profissionais da comunicação para melhorar os seus conhecimentos sobre a matéria.

O secretariado da SADC acredita, igualmente, que o EAD pode contribuir na redução das assimetrias de género no acesso ao ensino e durante o encontro um aspecto debatido foi a Estratégia de Integração do Género no Ensino Aberto e a Distância.

Uma comunicação do Secretário Executivo da SADC, o moçambicano Tomaz Salomão, apresentada no encontro, refere que a estratégia proporciona um quadro visando reduzir de forma eficaz os compromissos continentais e internacionais sobre a capacitação das mulheres e igualdade do género.

“O Plano Indicativo Estratégico de Desenvolvimento Regional estipula que a integração do género é parte integrante de todos os esforços de desenvolvimento, incluindo no sector da educação e formação, e clama pela sensibilidade de género das matérias de intercâmbio professor/ estudante”, refere a comunicação.

O sistema de ensino e aprendizagem na SADC ainda é largamente marcado por enormes disparidades de género, com a mulher a assumir a posição mais desfavorecida.

A estratégia de género irá, portanto, contribuir para o desenvolvimento e desdobramento eficaz e harmonizado do EAD, a fim de aumentar o acesso igual e o êxito aos homens e mulheres na educação e formação de qualidade, bem como apoiar a integração regional, através da integração sistemática de género.

O desenvolvimento da Estratégia de Género teve como base de informação as conclusões do Relatório de Avaliação sobre o estado da integração de género na educação, em geral, e, em particular, do Ensino Aberto e a Distância, através das quais foram identificadas as questões e desafios à concretização do acesso igual a educação e à formação.

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