Pelo menos 34 obuses foram disparados contra o território ruandês desde o leste da República Democrática do Congo (RDC) na semana passada, afirmou quinta-feira o Governo ruandês num comunicado, qualificando estes atos de “agressão inaceitável” por um país soberano.
“Civis ruandeses continuam a ser o alvo das Forças Armadas congolesas (…). O Ruanda tem a responsabilidade de proteger a sua população”, declarou a porta-voz do Governo ruandês, Louise Mushikiwabo, que deplora que a comunidade internacional não foi capaz de resolver corretamente a crise atual no leste da RD Congo.
“Ela (a comunidade internacional) não fez esforços para apoiar o diálogo político regional que conduziu a uma acalmia no leste da RD Congo”, deplorou o oficial ruandês num comunicado transmitido quinta-feira à PANA.
O comunicado lembra que “os bombardeamentos repetidos da coligação do Exército congolês e o movimento rebelde (hutu) ruandês das Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR) visam uma provocação destinada a atrair Rwanda para o conflito”. “Mas o Ruanda não vai tolerar que o Exército de um dos países signatários dos acordos de paz continue a bombardear civis no seu território”, sublinha a mesma fonte.