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RSA: 29 mil moçambicanos já ocuparam seus postos nas minas

Perto de 29 mil, dos 32 mil trabalhadores moçambicanos nas minas da África do Sul (RAS), que vieram passar as festas do Natal e Fim do Ano junto das respectivas famílias no país, atravessaram a fronteira no movimento de regresso e já ocuparam os seus postos de trabalho.

Segundo informações dadas à AIM pelo Ministério do Trabalho (MITRAB), o número é referente ao movimento registado até a última sexta-feira e a maior parte dos mineiros foi transportada num lote de 173 autocarros, bem como por outras viaturas particulares e por transportes semicolectivos de passageiros.

Os restantes mineiros que ainda não regressaram esperam fazê-lo neste fim-desemana e durante a próxima, dependendo da concertação tida com as respectivas entidades patronais nas “terras do rand”.

Entre os mineiros, existem uns que trabalharam antecipadamente as horas extras em Dezembro, para compensar os dias que se seguiriam a 1 de Janeiro. Assim, poderão retomar aos seus postos de trabalho na próxima Segunda-feira.

A maioria dos mineiros procura chegar cedo aos seus postos de trabalho na RAS atraídos por um incentivo que as companhias dão aos seus trabalhadores nessa condição, que consiste na atribuição de um valor que parte de 700 rands a cada um que chegar logo após as férias colectivas ou quadra festiva.

Segundo o MITRAB, o pico de regressos à África do Sul foi atingido no dia 3 de Janeiro, em que 25.505 mineiros já tinham atravessado a fronteira.

“A Delegação do Ministério do Trabalho naquele país constatou, com base nos registos e contactos de verificação junto das companhias mineiras e agências recrutadoras, que todos os trabalhadores das minas que atravessaram a fronteira de regresso à RAS foram a tempo de ocupar os seus postos de trabalho e iniciarem com a jornada laboral”, referiu a fonte do MITRAB.

Entretanto, na mina de ouro Harmony Gold Mine, em Carltonville, cerca de 100 trabalhadores moçambicanos ainda não retomaram as suas actividades, que foram suspensas por precaução, ante a ameaça de uma greve.

O número de Moçambicanos que ainda não retornou as actividades por questões de precaução pode totalizar 900 pelo facto de a mineradora Kusa-salethu, proprietária da Harmony Gold Mine e outras minas, ter decidido protelar o reinicio das actividades de todas as suas minas até que se dissipe o cenário de violência iniciado em finais do ano passado.

Assim, esses trabalhadores empregues pela mineradora Kusa-salethu aguardam pelo desfecho das negociações em curso, levadas a cabo pelos sindicatos.

Enquanto isso, outros trabalhadores moçambicanos nas farmas daquele país optaram por usar fronteiras mais próximas dos seus locais de trabalho, com destaque para as Províncias de Limpopo e Mphumalanga, maioritariamente recrutados nas províncias moçambicanas de Gaza e Maputo.

A quadra festiva originou a deslocação ao país de 32 mil dos cerca de 38 mil mineiros que são a mão-de-obra nacional e um número não especificado de outros trabalhadores nas farmas sul-africanas. Actualmente, o número de moçambicanos a trabalhar nas farmas oficialmente registados pelo Governo de Moçambique, ronda os 12 mil.

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