Faltando poucos dias para o chefe do Estado escalar a cidade de Quelimane, há um forte descontentamento nas Forças de Protecção às Altas Individualidades (FPAI), ao nível daquela parcela do país.
O Presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, visita a província da Zambézia entre os dias 20-26 do corrente mês.
Militares e paramilitares que não quiseram dar a cara, explicaram que o grande problema relaciona-se com o pagamento de ajudas de custos nas suas deslocações.
Dizem eles que o assunto não é apenas com a visita presidencial, mas também tem sido assim quando o governador desloca-se aos distritos.
Ora, estes militares que falaram ao DZ dizem que há tratamento desigual entre eles e os colegas que são despachados de Maputo.
Mesmo sabendo que todos desempenham as mesmas actividades, uns recebem mais (os que vem de Maputo) e os locais têm menos ajudas de custos.
“Mesmo quando é para dormir, ficamos a saber que os que vêm têm lugar para dormir nos hotéis ou residenciais, enquanto que os do FPAI em Quelimane dormem nas tendas”.
Isso tudo não deixa alegre aquela força, dai que pedem com urgência que esta situação seja revertida. Dizem eles que vão garantir a segurança do PR, porque, conforme explicaram, o chefe do estado pode não ter conhecimento sobre este assunto, por isso não lhe querem envolver.
Um outro assunto que este grupo de segurança levanta é a falta de meios de trabalho. Dizem eles que tem feito de tripas ao coração para manter viva a segurança às alta individualidades.
“Estamos preparados para tudo, mas também a nossa chefia deve saber que somos homens e temos família” – terminam assim desabafando em jeito de recado.
Aliás, este barulho não é novo e os seguranças não falam por temerem represálias, por isso quando têm oportunidade também temem dar a cara.
Recorde-se que FPAI é uma força preparada só para proteger altas individualidades como o próprio nome diz.
