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Reservas externas líquidas de Moçambique num nível confortável

Moçambique estará “num nível confortável”, em 2011, em termos de reservas internacionais líquidas, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), em dois relatórios mais actualizados seus a serem oficialmente lançados, esta terça-feira, em Washington (EUA) sobre Estabilidade Financeira Global e Perspectivas Económicas Mundiais para o presente ano.

A situação será favorecida pela recuperação da procura internacional de produtos de exportação e aumento dos fluxos de capitais privados, para além da contínua e forte ajuda dos doadores externos, contexto que, na óptica do FMI, “vai colocar as reservas internacionais do país num nível confortável”.

Lançados por José Vinals, director do Departamento de Mercados Monetários e de Capitais, Caroline Atkinson, directora de Relações Exteriores, e Sharmini Coorey, directora-adjunta do Departamento Africano do FMI para as Relações Públicas, os dois documentos já disponíveis na internet continuam a sustentar que “o desempenho económico de Moçambique vai continuar forte, apesar do difícil ambiente internacional”, prevendo um crescimento da sua economia superior a sete porcento em 2011.

Este optimismo do FMI resulta de uma avaliação realizada, em Novembro de 2010, por uma missão da organização que também procedeu à primeira revisão no âmbito do novo Instrumento de Apoio Político (PSI), assinado com as autoridades moçambicanas em Junho último e para um período de três anos.

Desempenho “forte”

A missão concluiu que “o desempenho económico de Moçambique continua forte, apesar do difícil ambiente externo” e projectase que acelere para 8%, a médio prazo, enfatizando, contudo, que as políticas fiscais e monetárias adoptadas pelo Governo para enfrentar a crise financeira e económica internacional, agravadas pela pressão sobre a balança de pagamentos, contribuíram para a depreciação da moeda moçambicana e aumento da inflação, deteriorando a qualidade de vida das camadas da população mais vulneráveis.

CPLP

Relativamente aos países africanos falantes do português, o FMI prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) de Angola deverá crescer no presente ano em cerca de 8,3%, contra 7,1%, de 2010, e de uma quebra de 0,4%, em 2009, enquanto para Cabo Verde a previsão de crescimento da sua economia será de 5,5%, em 2011, contra 4,1%, de 2010. O PIB da Guiné-Bissau, por seu turno, deverá registar uma progressão de 4,3%, em 2011, e o de São Tomé e Príncipe de 5,5%, acima dos 3,0% e 4,0 %, respectivamente, conseguidos em 2009 e 2010.

Para o resto do mundo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma ter melhorado as previsões para a maioria dos países, no momento em que a economia global sai de uma grave recessão, advertindo, contudo, que a recuperação enfrenta muitas dificuldades.

“Depois de uma profunda recessão global, o crescimento económico tornouse positivo, com uma ampla intervenção pública que sustentou a demanda e reduziu a incerteza e o risco sistémico nos mercados financeiros”, destaca a instituição no seu relatório sobre Perspectivas Económicas Mundiais.

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