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Renamo e MDM trocam acusações

A Renamo não pára de trazer novidades. Depois das propaladas manifestações pacíficas para protestar os resultados eleitorais de 28 de Outubro passado por alegada fraude, veio agora à ribalta autodesignar-se como o único partido na oposição neste momento e considerando que os restantes não passam de meros comparsas para animar o contexto político.

Arnaldo Chalaua, porta voz da “perdiz” em Nampula onde o líder do seu partido fixou residência, sublinhou que a Renamo é, presentemente, a única formação política capaz de dialogar com a Frelimo com vista a discutir mudanças na forma de governação e fazer exigências ao governo no sentido de acomodar algumas das suas preocupações. Os restantes partidos, incluíndo o Movimento Democrático de Moçambique que se intitula de partido alternativo à Frelimo, não é nada que possa constituir preocupação a qualquer político.

É um grupo de fantoches que estão na política só para animar os seus membros e simpatizantes – disse. Chalaua referiu, na ocasião, que a Renamo está a fazer diligências no sentido de o seu líder Afonso Dhlakama poder discutir com o presidente da Frelimo e da Republica de Moçambique, Armando Guebuza, alguns aspectos que, segundo ele, inquietam o povo moçambicano.

A manutenção do clima de paz, fundamental para o desenvolvimento sócio económico do país, depende, em grande medida, do diálogo entre as lideranças dos dois maiores partidos políticos da actualidade, que, acredito, continuarão nessa posição de hegemonia por muitas mais décadas – observou, a propósito, Arnaldo Chalaua. Mário Muquissince, delegado político provincial do MDM, reagiu às afirmações do seu homólogo da Renamo em Nampula qualificando-as de provocatórias e de demonstração de sinais inequívocos de frustração de um político imaturo.

Esperamos ver, num futuro muito próximo, a capitulação de Afonso Dlhakama da Renamo e a sua consequente filiação ao movimento político liderado por Daviz Simango – disse Muquissince, acrescentando que o seu partido é que constitui a verdadeira oposição no país, pois que em, apenas seis meses de existência, conquistou oito lugares no parlamento moçambicano.

A Renamo esquece que armou homens para assassinar Daviz Simango em Nacala-porto, por reconhecer que é um líder político cujo partido é uma ameaça real para a sobrevivência da perdiz – enfatizou o entrevistado, concluindo que a transferência de Afonso Dlhakama de Maputo, sede dos partidos políticos, se deve à sua incapacidade de encarar aqueles que investiram somas avultadas para que a Renamo pudesse concorrer em pé de igualdade nos pleitos de 28 de Outubro.

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