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Renamo distancia-se do ataque ao posto da Guarda Fronteira em Muanza

A Renamo não assume a autoria do ataque armando ocorrido na madrugada do último sábado (12) ao posto da Polícia da Guarda Fronteira, no distrito de Muanza-Sofala, onde há indicações de ter havido vítimas mortais e feridos por parte das forças governamentais. Já o Executivo afirma categoricamente que o mesmo foi protagonizado por homens da “Perdiz”.

Segundo o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, não é postura dos homens da “Perdiz” protagonizarem ataques armados, pois estes apenas reagem a tais actos. Entretanto, segundo fontes não oficiais, o referido ataque surge em resposta ao assassinato de um ex-guerrilheiro, de nome Oliveira Magazanhica, que prestava trabalhos no quartel-general da Renamo, localizado em Santujira.

Magazanhica teria sido executado depois de ter sido torturado e mantido me cativeiro entre os dias 25 e 27 de Setembro em Nhamatanda, onde tinha ido visitar a família. O acto foi denunciado pela “Perdiz”, que acusa a PRM de estar a perseguir e assassinar os seus membros em conluio com os secretários dos bairros e com a Polícia Comunitária, que vão de casa em casa dos desmobilizados.

Governo não tem dúvidas de que o ataque seja da autoria da Renamo

Para o ministro de Defesa Nacional, Filipe Nyussi, aquele ataque é mais uma demonstração de que as Forças Armadas de Defesa de Moçambique precisam de estar em todos os cantos do país a vasculhar aqueles que por via do diálogo ou usando os mecanismos democraticamente estabelecidos não pretendem resolver as diferenças que possam existir.

Nyussi entende que esses ataques visam fragilizar as Forças de Defesa e Segurança do país, daí que os seus protagonistas devem ser procurados, encontrados e responsabilizados por esses actos. Este garante ainda que nessa troca de tiros, ocorrido no sábado, não houve vítimas mortais da parte das forças governamentais.

“As FADM vão garantir a realização de eleições”

Sobre as ameaças feita pela Renamo no sentido de inviabilizar as eleições de 20 de Novembro, o governante assegurou que as FADM irão acautelar essa situação. Nyussi argumentou que é função das FADM defender a soberania e no caso das eleições, defender as eleições.

“Se as Forças Armadas não defenderem a democracia, não estarão a cumprir o seu papel institucional. Temos que fazer de tudo para que as eleições aconteçam”, referiu. Para Nyussi quem tentar sabotar as eleições tem medo da democracia e do povo, defendeu.

Entretanto, a Renamo, apesar de já se ter distanciado promete reagir a este caso. O ataque em causa acontece dias depois de a Renamo ter revelado que se confrontou com as Forças de Defesa e Segurança em pleno Dia da Paz, que se assinalou no dia 4 de Outubro.

O referido confronto ocorreu entre os distritos de Dondo e Nhamatanda, em Sofala, e tal como das outras vezes, não revelou o número de mortos, tendo deixado tal “tarefa” para o Governo.

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