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Renamo cria comissão para negociar com Guebuza

A Comissão Política Nacional da Renamo, o ainda maior partido da oposição em Moçambique, que esteve reunida na cidade de Nampula, actual quartel general do seu presidente, Afonso Dhlakama, acaba de criar uma comissão negocial. Esta comissão que integra, ao que soubemos, 3 pessoas das quais Fernando Mazanga e Vicente Ululu, tem a espinhosa missão de negociar com a o governo moçambicano e com a Frelimo, liderados por Armando Guebuza, a criação daquilo que o partido de Afonso Dhlakama designa de Governo de Transição.

Tal Governo de Transição, segundo sugere a Comissão Política da Renamo, que terminou a sua reunião em Nampula, deverá funcionar até a altura que este mesmo governo achar que já estejam criadas condições para a realização de eleições gerais.

Não ficou claro que pastas governamentais a Renamo, efectivamente, quer ocupar no referido governo, mas garantiu que essa é a saída que deve ser encontrada “se Guebuza quiser que a paz e estabilidade prevaleçam no país”.

A comissão criada por Dhlakama, soubemos, estará em Maputo, amanhã (terça- feira) e, de forma imediata deverá iniciar contactos junto do executivo moçambicano e do partido governamental.

Manifestações e fim da democracia Falando na sessão, o Presidente da Renamo disse aos presentes que esta é a forma razoável e pacífica encontrada pelo seu partido para parar com o que chamou de injustiças à mais no país, referindo –se, claramente ao alegado roubo de votos nas urnas e, por consequência, a governação do país por um “partido ilegal”.

Por outro lado, a Renamo diz que se a Comissão por si criada for ignorada pelo governo e pela Frelimo, outra saída não existirá, senão o recurso a manifestações.

“Aqui sim, será o fim da democracia no país” – reiterou Dhlakama, perante aplausos dos seus partidários.

“A arrogância da Frelimo é que vai destruir o país e a democracia moçambicana. Numa situação de arrogância a Renamo não terá outra alternativa senão recorrer a manifestação para exigir um governo legal”- disse para depois terminar com um aviso “Assim, eu serei obrigado a ser, de facto, belicista como dizem que sou”. O prazo negocial é de 45 dias, segundo foi decidido no encontro.

A reunião da Comissão Política Nacional da Renamo decorreu na cidade de Nampula de Nampula de sexta-feira a domingo e além dos membros desta comissão contou com a participação dos delegados provinciais deste partido que, segundo a opinião pública, está a enfrentar um dos piores momentos da sua história.

Na verdade, as ameaças da Renamo e, particularmente do seu presidente vem acontecendo desde 1994, logo depois da realização das primeiras eleições multipartidárias da curta história democrática do país

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