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Remédio para epilepsia à base de “soruma” tem sucesso em teste e dobra valor da farmacêutica

Um medicamento experimental à base de “cannabis sativa”, vulgarmente conhecida em Moçambique como soruma, mostrou-se eficaz no tratamento de crianças com uma forma rara e grave de epilepsia num teste clínico ansiosamente aguardado, mais do que dobrando o valor de sua fabricante, a GW Pharmaceuticals.

O estudo sobre o efeito do Epidiolex na síndrome de Dravet é o primeiro dos quatro testes do estágio final da Fase 3 para epilepsia, cujos resultados são esperados ainda este ano e que a GW espera confirmarem os benefícios terapêuticos dos canabinóides, substâncias activas encontradas na soruma.

A GW disse nesta segunda-feira que o teste com 120 pacientes mostrou que aqueles que tomaram Epidiolex obtiveram uma redução mensal média de 39 por cento nas convulsões em comparação com uma redução de 13 por cento entre os que usaram o placebo.

A diferença foi altamente significativa do ponto de vista estatístico, e o optimismo a respeito das vendas futuras do remédio fizeram as acções da GW subirem 116 por cento esta segunda-feira.

“Isso mostra que os canabinóides podem produzir dados clínicos animadores e importantes e que representam uma nova classe de medicamentos altamente promissores, com sorte para uma série de doenças”, disse o executivo-chefe da empresa, Justin Gover, à Reuters.

À luz de dados positivos, Gover afirmou que agora a GW irá solicitar uma reunião com a agência de alimentos e drogas dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) para debater seus planos de requisitar autorização para tratar esta forma de epilepsia em particular.

Actualmentenão há terapias para a síndrome de Dravet aprovadas pela FDA. O Epidiolex, que é ministrado como xarope infantil, também está a ser testado num estudo de Fase 3 para outro tipo raro de epilepsia chamado síndrome de Lennox-Gastaut e também deve produzir resultados em 2016, e um estudo em fase final para esclerose tuberosa, uma terceira forma de epilepsia, deve começar em breve.

Analistas acreditam, em média, que o medicamento pode gerar vendas anuais de 1,1 bilião de dólares até 2021,de acordo com previsões compiladas pela Thomson Reuters Cortellis.

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