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Relatório da Amnistia critica duramente a ofensiva israelita em Gaza

A Amnistia Internacional (AI) publica nesta quinta-feira um contundente relatório sobre a ofensiva militar israelita em Gaza, em dezembro e janeiro, acusando tanto o Estado hebreu como o movimento islamita Hamas de terem “violado leis humanitárias internacionais” ao atacar civis.

O informe “Operação ‘Chumbo grosso: 22 dias de mortes e destruição em Gaza”, difundido pela organização de defesa dos direitos humanos, é uma verdadeira ata de acusação contra Israel e seu Exército, e confirma o balanço de 1.400 palestinos mortos, conforme estabelecido pelos serviços de segurança palestinos. A ofensiva deixou, além disso, 5.000 feridos e destruiu amplos setores da Faixa de Gaza, afirma a Amnistia.

A AI pede à comunidade internacional que apoie sem reservas a missão do Conselho de Direitos Humanos da ONU encarregada de investigar essa operação. Israel boicota essa missão. No informe de 117 páginas – o primeiro estudo a fundo dessa guerra entre Isrel e o Hamas -, o AI reitera seu pedido de um embargo “total e imediato” sobre as armas com destino a Israel e ao movimento radical palestino que controla a Faixa de Gaza desde junho de 2007.

A AI pede aos diversos Estados do mundo que iniciam processos por “crimes de guerra” e “detenham os supostos autores”. A organização acusa o Tsahal (exército israelense) de não ter “diferenciado entre alvos civis e militares” numa situação em que não se podia ignorar a presença de civis nos setores bombardeados.

O resultado disso foi “a morte de centenas de civis desarmados, entre eles 300 crianças, 115 mulheres e 85 pessoas maiores de 50 anos”. A Anistia acusa o Exército israeliita de ter utilizado os civis, incluindo crianças, como “escudos humanos” ao forçá-los a ficar perto das posições militares e, inclusive, obrigá-los a examinar objetos suspeitos que podiam ser armadilhas explosivas.

A organização também acusa o Hamas e os grupos armados palestinos de terem disparados centenas de foguetes contra o território palesstino, que causaram três mortos civis e provocaram o êxodo para o sul de Israel de milhares de habitantes. Na ofensiva israelense contra Gaza morreram seis militares do Tsahal.

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