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Reforçado serviço ferroviário de passageiros na rede sul

O transporte de passageiros na rede ferroviária Sul acaba de ser reforçado com 29 carruagens, quatro salões-restaurantes e um furgão para bagagem, anunciou o presidente do Conselho de Administração (PCA) da empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), Rui Fonseca.

O equipamento, segundo Fonseca, foi adquirido no Botswana, num investimento orçado em dois milhões de dólares norte-americanos. No ano passado, o transporte ferroviário de passageiros registou um crescimento na ordem de 26 porcento, comparativamente a 2008, com um total de 2.615.458 passageiros transportados contra 2.078.209 do ano anterior.

Falando recentemente em Maputo, o PCA dos CFM apelou às comunidades para a utilização correcta dos equipamentos para que durem mais tempo e sirvam o maior número possível de utentes, por forma a assegurar que cumpram eficazmente o seu papel no alívio do sofrimento de muitas famílias moçambicanas. Segundo Rui Fonseca, o transporte ferroviário de passageiros não é uma actividade rentável para a empresa, uma vez que o bilhete pago pelo passageiro cobre apenas 15 porcentos dos custos, sendo os restantes 85 porcento integralmente suportados pela companhia no âmbito das actividades de responsabilidade social.

Os CFM introduziram há cerca de um ano o serviço de transporte de passageiros por automotoras, visando elevar a disponibilidade de transporte para servir as comunidades que vivem na periferia das cidades de Maputo e Matola, onde predominantemente as populações eram servidas por transporte rodoviário, nomeadamente autocarros do serviço público e viaturas de transporte semicolectivo, vulgo “Chapa”. “Temos estado a apostar em investimentos que, pelo seu carácter estratégico, são capazes de gerar resultados assinaláveis e elevados retornos a médio e longo prazos, proporcionando oportunidades únicas de crescimento económico e desenvolvimento social”, disse Rui Fonseca, dirigindo-se ao colectivo do Conselho de Directores da sua empresa, reunido semana passada na capital do país.

Segundo a mesma fonte, citada pelo ‘Noticias’, foi graças à estratégia adoptada pela sua empresa que hoje os CFM conhecem detalhadamente as trocas comerciais, o movimento internacional de navios, a tipologia e os preços dos produtos e a evolução da situação económico-financeira, quer na região quer nos grandes pilares da economia mundial, elementos com os quais a empresa pode agora avaliar com pragmatismo os impactos e os antídotos necessários para os contornar e criar condições para que os volumes de tráfego, quer ferroviário, quer portuário, continuem a crescer. “Hoje temos uma empresa estável e sustentável e, por isso, embarcamos num programa de investimentos para dar resposta ao nosso plano estratégico…”, acrescentou.

De acordo com Rui Fonseca, foram já mobilizados cerca de 43 milhões de euros necessários para financiar a dragagem de emergência do canal de acesso ao estratégico Porto da Beira, no região Centro do país, estando em curso esforços visando construir um terminal dedicado ao manuseamento do carvão de Moatize, que vai ser exportado, num horizonte temporal de dez anos, em quantidades estimadas em 20 milhões de toneladas por ano.

Paralelamente e em parceria com o sector privado, os CFM investiram 18 milhões de dólares norte-americanos na construção de um moderno terminal para manuseamento de cereais no Porto da Beira, infra-estrutura que deverá entrar em actividade em Maio próximo.

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