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Reclamação: inquietação dos pais e encarregados de educação dos alunos da EPC de Khongolote

Boa tarde, Jornal @Verdade. Gostaria, através do vosso meio de comunicação, de expor uma inquietação dos pais e encarregados de educação dos alunos da Escola Primária Completa de Khongolote, sita no município da Matola, na província de Maputo. É que as casas de banho daquele estabelecimento de ensino são imundas e atentam contra a saúde dos nossos filhos.

 

A direcção não faz nada para resolver o problema, e nem mostra preocupação para o efeito. Desde que o ano lectivo começou, as condições de higiene pioraram porque pouco ou quase nada se faz para manter os balneários limpos, agradáveis e aprazíveis para os nossos descendentes e outros utentes da mesma escola.

 

Por vezes, como forma de ajudar a atenuar o problema, desembolsamos algum dinheiro, porém, nenhuma melhoria se verifica no que diz respeito às condições de higiene. Por isso, perguntamos: para onde é direccionado o dinheiro que os pais e encarregados de educação despendem para garantir que os seus instruendos estudem num ambiente saudável?

Inquieta-nos igualmente o facto de sabermos que a Escola Primária Completa de Khongolote é pública e foi construída com o dinheiro proveniente dos impostos do povo mas as condições de ensino são precárias. Entendemos que, por norma, as instalações deveriam beneficiar de alguma manutenção para evitar a sua degradação, particularmente as casas de banho.

Certo dia, os pais e encarregados de educação deslocaram-se para aquela instituição e depararam com uma triste realidade: excrementos humanos espalhados à volta dos mesmos balneários degradados e impuros. Viram também quantidades enormes de lixo que denotavam a falta de limpeza há dias e do cumprimento das normas básicas de salubridade.

Sem dúvidas, viu-se que os nossos filhos correm perigo de contrair doenças devido às condições de higiene deploráveis a que estão sujeitos todos os dias. Quando os pais manifestaram, insistentemente, o seu desagrado junto do corpo directivo da escola não tiveram uma resposta satisfatória. Não lhes foram apresentadas razões que concorriam para a falta de limpeza, tendo ficado com a impressão de que os dirigentes daquele estabelecimento de ensino não iriam resolver o problema a curto prazo.

Sempre que os nossos filhos se dirigem à escola ficamos desesperados porque não sabemos o que lhes pode acontecer por causa daquelas condições desumanas. O cheiro nauseabundo dos balneários atinge as salas de aula que se encontram próximo dos mesmos e acreditamos que isso afecta negativamente o decurso normal do processo de ensino e aprendizagem. Lançamos um grito de socorro no sentido de obtermos ajuda e, por conseguinte, salvar os nossos filhos do perigo de contrair enfermidades na Escola Primária Completa de Khongolote por causa da impureza das casas de banho.

Resposta

Sobre o assunto dos nossos reclamantes, a nossa Reportagem contactou a Escola Primária Completa de Khongolote, por intermédio do respectivo director, Francisco Manhiça. Este disse que a inquietação levantada pelos pais e encarregados de educação é legítima, mas a falta de fundos para assegurar a manutenção de rotina impede que haja alguma intervenção nos balneários com vista a minimizar o sofrimento dos alunos.

Segundo o nosso entrevistado, o número de estudantes cresceu com a construção de novos blocos, passando de um universo de 3.000 para 6.000. A capacidade das casas de banho ficou reduzida e houve uma sobrecarrega nelas. Por isso, algumas fossas entupiram e nunca mais a sua funcionalidade foi reposta.

O nosso interlocutor disse ainda que só para esvaziar uma cavidade subterrânea para onde se despejam dejectos seriam necessários entre 2.000 e 3.000 meticais, um valor que a escola não tem, porque o financiamento disponibilizado pelo Governo não cobre as acções de manutenção das infra-estruturas, apesar de que precisam de alguma intervenção.

De acordo com Manhiça, não havia necessidade de os pais e encarregados de educação mediatizarem o problema que a escola está a enfrentar actualmente, uma vez que, apesar de não existir dinheiro para uma reabilitação de raiz, há obras que estão numa fase conclusiva que vão culminar com a entrada em funcionamento de uma nova casa de banho alternativa para alunos do sexo feminino, no terceiro trimestre deste ano.

Entretanto, Manhiça disse que reconhece e agradece o esforço que os pais dos alunos do estabelecimento de ensino que dirige têm feito com vista a ajudar a escola a minimizar as dificuldades com que se debate. Espera que essa colaboração continue e as soluções dos problemas da escola sejam encontradas a nível da comunidade.

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