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Rebeldes sírios sequestram 13 xiitas libaneses

Rebeldes sírios sequestraram, Terça-feira, 13 xiitas libaneses na província de Aleppo, no norte da Síria, num incidente que motivou protestos em Beirute.

O grupo voltava de uma peregrinação quando foi capturado. Nos últimos dias, o Líbano tem sido tragado pela violência que assola a vizinha Síria há 14 meses, e, esta semana, o assassinato de um clérigo sunita libanês que opunha-se ao regime sírio fez com que Beirute registasse os seus piores distúrbios desde os confrontos sectários de 2008.

Nos bairros xiitas de Beirute, famílias dos reféns bloquearam os acessos ao aeroporto da cidade. Essa região é reduto do Hezbollah, partido político e grupo armado xiita ligado ao regime sírio.

“O Exército Sírio Livre (ESL, grupo rebelde) disse que pegou-lhes. Eles deixaram as mulheres irem e mantiveram os homens. Eles disseram-lhes que vão mantê-los até que o Exército sírio liberte os detentos do ESL”, disse um parente de um refém.

“Quando cruzamos a fronteira, cerca de 40 pistoleiros pararam o autocarro e forçaram-o a ir a um pomar próximo, e disseram que as mulheres deveriam ficar no autocarro, e que os homens saíssem”, relatou Hayat Awali, que identificou-se como passageira do veículo, falando de Aleppo à TV libanesa Al Jadeed.

“Dissemos-lhes que éramos apenas peregrinos. Eles disseram: ‘Levem os seus peregrinos e vão à delegacia de polícia em Aleppo, e digam-lhes que temos prisioneiros e que lhes queremos’.”

Pela TV libanesa, o líder do Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, pediu moderação. “Qualquer acto de violência ou acção individual não irá ajudar em nada neste caso”, afirmou.

Horas antes do sequestro, um tribunal libertou sob fiança um sunita cuja prisão, ocorrida este mês, motivou distúrbios numa região sunita do norte libanês onde há grande apoio à rebelião contra Assad, que é membro da seita minoritária alauita.

Damasco diz que algumas regiões libanesas são um antro de “terroristas” ligados à Al Qaeda e às facções islâmicas que dominam a fragmentada oposição síria, e exige que o Líbano interrompa o fluxo de armas para os insurgentes no território sírio.

Também, Terça-feira, os activistas e a TV síria disseram que uma bomba matou cinco pessoas num bairro de Damasco onde há frequentes protestos contra Assad, além de confrontos entre os insurgentes e as forças de segurança.

Horas depois, os rebeldes na cidade de Deir al Zor (leste), onde um carro-bomba matou nove pessoas num posto da inteligência militar há três dias, afirmaram que a polícia síria matou duas pessoas ao dispararem contra uma multidão que havia ido à rua para receber os monitores da ONU.

Uma porta-voz da ONU disse que os monitores ouviram disparos, mas não viram vítimas nos arredores da aldeia de Al Busaira.

Ela acrescentou que a equipe da ONU tentou evitar que a população acompanhasse o grupo até à cidade, controlada pelo governo.

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