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Rebeldes sírios dizem ter tomado capital provincial

Os combatentes rebeldes capturaram, esta Segunda-feira (4), a cidade de Raqqa, no nordeste da Síria, e uma multidão pôs abaixo uma estátua do pai do presidente Bashar al-Assad, segundo os moradores e fontes da oposição. Se for confirmada, a conquista de Raqqa, à beira do rio Eufrates, seria um facto significativo em dois anos de rebelião contra Assad, uma vez que os rebeldes até agora não haviam declarado controlar nenhuma outra capital provincial.

Os combatentes rebeldes disseram que as forças legalistas ainda resistem no aeroporto provincial, a cerca de 60 quilómetros da cidade, e que continuam a ser uma ameaça. Um morador disse que a sede local da inteligência militar não estava em poder dos rebeldes, embora sitiada por eles.

Esta Segunda-feira, a guerra civil síria se fez sentir no vizinho Iraque, onde as autoridades relataram que os pistoleiros mataram pelo menos 40 militares e funcionários públicos sírios que voltavam para o seu país depois de fugirem de uma ofensiva rebelde na semana passada.

Cerca de 65 soldados e funcionários sírios entregaram-se, Sexta-feira, às autoridades iraquianas depois de os rebeldes capturarem o lado sírio da fronteira na localidade de Yaarabiya. As autoridades iraquianas estavam a levar o grupo para outra passagem fronteiriça, mais ao sul, quando os pistoleiros emboscaram o comboio, segundo relato feito à Reuters por uma autoridade iraquiana de alto escalão.

Nenhum grupo reivindicou o ataque, que ocorreu na província iraquiana de Anbar, um reduto sunita. Segundo essa fonte, o ataque matou 40 sírios e também alguns soldados iraquianos que escoltavam o grupo. O deputado provincial Hikmat Suleiman Ayade disse que o incidente matou 61 pessoas, incluindo 14 iraquianos que escoltavam o comboio.

O incidente em Anbar mostra como o conflito sírio tem potencial para se espalhar para outros países da região. Actualmente, os sunitas de Anbar têm realizado protestos contra supostas discriminações cometidas pelo governo nacional comandado pelo xiita Nuri al-Maliki.

Na Síria, a maioria sunita participa activamente da rebelião contra Assad, membro da seita minoritária alauíta, uma derivação do islamismo xiita. Ao contrário de outros países árabes, o governo do Iraque procura manter-se neutro com relação ao conflito sírio, argumentando que as turbulências nesse país ameaçam desestabilizar toda a região.

Também, esta Segunda-feira, o embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU) disse que o seu país não poderá “ficar parado” diante do risco de espalhamento do conflito sírio. Ele queixou-se de que os projécteis disparados na guerra civil síria estariam a atingir o território israelita.

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