Uma jovem identificada pelo nome de Fátima Tomás, de 18 anos de idade, residente na localidade de Inhamuchindo, no distrito do Búzi, província de Sofala, está detida nas celas do Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM), desde o último domingo (13), acusada de assassinar o seu próprio filho, de quatro anos de idade, atirando-o para uma cova de aproximadamente sete metros de profundidade, que outrora era um poço de água.
Em entrevista à nossa Reportagem, a visada confessou o infanticídio e disse que agiu desta forma a mando do seu namorado, que lhe prometeu lobolo. Ela não pôde recusar porque queria assegurar a relação, mas diz-se arrependida.
Num outro desenvolvimento, a indiciada contou que o seu companheiro, ora fugitivo, insistiu para que ela acabasse com a vida do filho porque era deficiente físico e o suposto mandante do delito não pretendia criar um ser humano nestas condições.
O pai de Fátima, que responde pelo nome de Tomás Laissone, também privado de liberdade nas mesmas instalações da Polícia onde se encontra a filha, é acusado de cumplicidade na morte do neto.
Contudo, o cidadão nega as acusações que lhe são imputadas pela sua descendente. Ele defendeu que não faz sentido que esteja envolvido no caso, uma vez que alertou pessoalmente às autoridades comunitárias sobre o facto, tendo o Tribunal Comunitário de Inhamuchindo remetido o processo ao Posto Policial de Guara-Guara. “Não sei por que motivo estou detido”.
Tomás Laissone disse também que quem indicou a cova (poço) onde o petiz se encontrava foi ele próprio, depois de ter sido informado sobre a ocorrência por um indivíduo que estava a trabalhar numa machamba próxima do local. Por sua vez, sem avançar detalhes, a PRM no Búzi contou que Fátima e Tomás são cúmplices na morte da criança.