Pelo menos oito pessoas morreram atingidas por raios, este mês, em consequência das chuvas que fustigam a província da Zambézia, no centro de Moçambique.
As últimas três vítimas confirmadas foram registadas no distrito de Namacurra, no último fim de semana, supondo-se que sejam membros da mesma família. As outras cinco mortes ocorreram nos distritos de Maganja da Costa, Milange e Nicuadala, onde frequentemente se registam vítimas mortais de trovoadas.
“Confirmamos até agora oito mortes por raios. Estamos a trabalhar com outros distritos para con- firmar alguns outros casos” disse Milton da Silva, do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) da Zambézia, assegurando que está “controlada a desgraça” provocada por chuvas na região.
“Os distritos estão a dar resposta à situação de calamidade ao nível local. O INGC e parceiros estão a trabalhar para minimizar o sofrimento das vítimas”, indicou Milton da Silva, precisando que poucas famílias afectadas “estão sem ajuda alimentar”.
Das 130 famílias vítimas de chuva e vento forte que varrem a província desde sexta-feira, 67 famílias do distrito de Milange, precisam de ajuda alimentar urgente, devido à perda dos seus mantimentos.
Embora os níveis do rio Zambeze, que recebe desde Sábado o incremento das descargas da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) continuem a oscilar, vários dos seus afluentes estão a galgar estradas e machambas (quintas), cortando estradas e destruindo culturas, antevendo a situação de fome pós cheias.
Entretanto, o primeiro- ministro moçambicano, Alberto Vaquina, está desde Segunda-feira a visitar as zonas afectadas ou em ris- co no centro do país, para apurar os estragos.