O número de médicos moçambicanos em actividade no Sistema Nacional de Saúde cresceu em mais de 60 por cento nos últimos quatro anos, tendo por isso reduzido o rácio médico por habitante para abaixo de 30 mil.
De acordo com os dados apresentados Segunda-feira pelo Ministro da Saúde, Ivo Garrido, o Sistema Nacional da Saúde contava, em 2004, com apenas 682 médicos (dos quais 454 moçambicanos), número que subiu para os actuais 929 médicos, sendo 194 estrangeiros.
“Neste momento, 108 dos 128 distritos do país contam com pelo menos um médico moçambicano”, segundo disse o Ministro. Contudo, existem distritos que já possuem mais do que um médico e outros sem nenhum profissional de saúde com este nível.
De acordo com Garrido, desde 2005 até a esta parte, o Governo colocou um total de 5.528 diversos profissionais em todas as Direcções da Saúde nas 11 províncias de Moçambique.
Deste número, 1.445 são técnicos recém formados, dos quais 113 médicos generalistas, 77 técnicos superiores da Saúde, 448 técnicos médios e 817 de nível básico.
Apesar destes sucessos, Garrido considera que uma das fraquezas do sector é a “extrema carência de recursos humanos; deficiente gestão destes mesmos recursos humanos; fraca avaliação do seu desempenho e distribuição pouco racional dos mesmos”.
Outra fraqueza tem a ver com a persistência de comportamentos menos dignos por parte de alguns trabalhadores da saúde, situação que mancha o esforço empreendido por outros profissionais dedicados em exercer a sua actividade com respeito e cortesia.