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Quénia afirma ter “derrotado” invasores de shopping; 72 pessoas morreram

O presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, disse nesta terça-feira que suas forças derrotaram os militantes islâmicos do grupo somali Al Shabaab, mataram cinco deles e detiveram outros 11 suspeitos de assassinar 67 pessoas após atacarem um shopping de Nairóbi e se refugiarem no local por quatro dias. “A operação está terminada agora”, afirmou Kenyatta num discurso transmitido pela televisão.

“Nós envergonhamos e derrotamos os agressores”, disse Kenyatta, acrescentando que corpos ainda estavam presos sob os escombros após o desmoronamento de parte do edifício no fim da operação. “Como nação, a nossa cabeça está a sangrar, mas não tombada.”

A polícia afirmou que os militantes que invadiram restaurantes e lojas na hora do almoço no sábado, disparando balas e atirando granadas no local, foram mortos ou estão detidos. A Cruz Vermelha havia dito mais cedo que 63 pessoas estavam desaparecidas. Cerca de 60 civis foram confirmados como mortos nos primeiros dias de violência. Autoridades quenianas se recusaram a dizer quantos mais podem ter morrido depois.

Os homens armados prometeram matar os reféns se fossem atacados. O presidente queniano confirmou que até agora o número de mortos é de 61 civis e seis membros das forças de segurança, além dos cinco militantes.

“O Quénia encarou o mal e venceu”, declarou Kenyatta. O presidente acrescentou que não poderia confirmar os relatórios de inteligência de que uma mulher britânica e dois ou três norte-americanos estariam envolvidos. Cientistas forenses estavam envolvidos na tentativa de identificar as nacionalidades dos “terroristas”, segundo ele.

“No fim da operação, três andares do shopping Westgate desabaram e há vários corpos presos nos escombros, incluindo de terroristas”, acrescentou o presidente.

“Esses covardes irão à Justiça, assim como os seus cúmplices e patronos, onde quer que estejam”, disse ele, que agradeceu a outros líderes pelo apoio e aproveitou o seu discurso para elogiar a resposta do povo queniano e pedir unidade nacional, seis meses depois que sua eleição foi marcada por tensões étnicas.

Tiros esporádicos e uma explosão marcaram o quarto dia de impasse no shopping, invadido no sábado na hora do almoço, um período de grande movimento. Helicópteros sobrevoaram o shopping, que é muito frequentado por estrangeiros e por quenianos ricos.

O Al Shabaab, ligado à Al Qaeda, diz ter cometido o ataque para forçar o governo queniano a retirar suas forças militares da Somália, onde participam do combate ao grupo islâmico.

O presidente doQuénia  prometeu não fazer concessões. O ataque ocorreu no momento em que vários grupos islâmicos violentos, em diversos países da África, atacam alvos governamentais e interesses internacionais, aproveitando-se de insatisfações locais, mas sempre partilhando um ideal anticristão e antiocidental.

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