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Governo faz balanço positivo da campanha agrícola mas reconhece graves problemas no sector

O Governo de Moçambique avalia de forma positiva a presente campanha agrícola (2012/2013) e apresenta como argumentos a melhoria da disponibilidade de produtos alimentares e a redução do tempo de carência de uma colheita para outra, que outrora era de seis meses.

A posição foi anunciada pelo vice-ministro de Agricultura, António Limbau, esta terça feira, à saída do Conselho de Ministro, que reconheceu haver ainda problemas graves no sector. Por exemplo, a disponibilidade de alimentos por ele sublinhada não está a ser acompanhada pelo respectivo acesso destes às populações.É que o país ainda regista enormes dificuldades na criação de condições, como vias de acessos, entre outros, para o escoamento dos produtos da zona de produção até ao consumidor.

Para além daquele aspecto, existe o problema de inconsciente má utilização dos alimentos por parte da população que se traduz de forma directa e evidente nos 43 porcento de desnutrição que em Moçambique.

Limbau destacou que durante a segunda época da presente campanha, o Governo foi obrigado a fazer uma provisão de cerca de 1700 toneladas de sementes para responder aos desafios impostos pelas inundações, depois de na primeira ter feito de 1450 toneladas sem incluir, no entanto, outros insumos agrícolas que também foram fornecidos às populações. Foram ainda distribuídos 2.5 milhões de estacas de mandioca

Sem especificar a quantia, o número dois do pelouro de agricultura disse que houve muito financiamento durante a presente campanha. Destacou o sector de horticultura como sendo que mais fundos recebeu durante a primeira época.

Na segunda temporada, maior parte do dinheiro destinou-se ao impulsionamento das acções de emergência levadas a cabo para responder a situação de inundações que o país registou e que afectaram forma grave o Vale de Limpopo. Recorde-se que neste período 33 porcento da produção foi perdida.

Perspectivas

Para a próxima campanha o Executivo pretender apostar de forma especial nos mecanismos de irrigação. Nesta senda, prevê um crescimento 33 porcento de área irrigada comparada com que o se consegue actualmente, o que equivalerá a mais 13 mil hectares irrigados.

A fiscalização de terras para a produção de fruteiras; sector de pesquisa, principalmente de vacinas para combater as doenças que afectam as manadas também merecerá uma atenção. “Queremos passar das 100 mil toneladas de algodão para 110 mil toneladas e de 88 toneladas de caju para 94 toneladas, a banana de 470 mil toneladas para 490 mil toneladas e o açúcar de 347 mil toneladas para 516 mil toneladas,” apontou o dirigente.

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