Quatro pessoas “envolvidas em dois ataques terroristas mortais” no Xinjiang, região autónoma do noroeste da China de maioria muçulmana, foram condenadas à morte, disse esta quarta-feira a imprensa oficial.
Duas outras pessoas, descritas como “cúmplices”, foram condenadas a 19 anos de prisão, indicou a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua (Nova China), citando um website baseado no Xinjiang (tianshannet.com). Os ataques, que causaram 17 mortos, ocorreram em Julho passado em Hotan e Kashgar.Foi a segunda vaga de violentos incidentes no Xinjiang depois dos tumultos étnicos de julho de 2009 em Urumqi, a capital da região, que causaram quase 200 mortos.
Segundo o site citado pela Xinhua, os tribunais de Hotan e Kashgar consideraram os réus “culpados de envolvimento em organizações terroristas, fabrico ilegal de explosivos, homicídio e fogo posto”.
Situada na Ásia Central, com fronteiras com o Paquistão, Afeganistão e várias ex-repúblicas muçulmanas soviéticas, o Xinjiang é uma das regiões da China mais vulneráveis ao separatismo.
Trata-se de um território rico em petróleo e gás natural, 17 vezes maior que Portugal e apenas 24 milhões de habitantes, cerca de 40 por cento dos quais uigures, uma etnia de religião muçulmana e cultura turcofona.