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Quase todos os homens veem pornografia, mas ela não influi na sua vida sexual

Quase todos os homens assistem a vídeos pornográficos, mas isso não afeta suas relações com as mulheres ou seus comportamentos sexuais, afirmou o pesquisador canadense Simon Louis Lajeunesse, após um estudo de dois anos sobre a questão.

Em conversa com a AFP, Lajeunesse desmentiu a tese segundo a qual os homens que assistem a vídeos pornográficos buscam reproduzir na vida real o que veem na tela, assim como a suposta existência de uma ligação entre a pornografia e a violência sexual contra as mulheres. “Isso seria o mesmo que dizer que os comerciais da vodca Smirnoff levam ao alcoolismo”, comparou o sociólogo.

Na maioria das vezes, trata-se apenas de satisfazer uma “fantasia marginal”, afirmou. O pesquisador teve problemas para conduzir seu estudo, já que as locadoras de vídeos eróticos e os sex-shops se recusaram a transmitir seus pedidos de entrevista a seus clientes. Somente professores universitários lhe permitiram falar com estudantes, 2.000 pessoas no total, em maioria mulheres. Apenas 20, todos heterossexuais, aceitaram conversar com ele demoradamente.

Todos os entrevistados confirmaram que assistem a vídeos pornográficos na internet. A primeira constatação é a de que os solteiros acessam quase duas vezes mais sites de pornografia do que os casados, com uma média de três sessões de 42 minutos por semana contra 1,7 de 27 minutos por semana.

A segunda constatação é a de que quase todos acessam sites eróticos sozinhos. Segundo a pesquisa, a grande maioria das pessoas entrevistadas não gosta de compartilhar este momento com alguém, inclusive com seu parceiro. Alguns integram a pornografia em um programa mais amplo, como explicou um entrevistado citado por Lajeunesse: “um bom jantar, um bom filme e uma masturbação”.

De acordo com a pesquisa, os homens procuram na pornografia fantasias já formadas quando se depararam com ela pela primeira vez, por volta dos 12 anos. Porém, na maioria das vezes, a fantasia “perde o encanto ao contato da realidade”. Assim, um estudante confessou a Lajeunesse que fantasiou com sua performance durante uma orgia até que teve a oportunidade de participar de uma na vida real e não conseguiu.

Para Lajeunesse, as teses do “espelho”, segundo a qual as pessoas que assistem a filmes pornográficos querem imitar na vida o que veem na tela, e a da “catarse”, segundo a qual a pornografia permite limpar alguns impulsos e “purifica” o usuário, são nulas.

Na opinião do pesquisador, os homens fazem uma separação clara entre suas fantasias e a vida real. Um dos entrevistados lhe disse por exemplo que não sonha em ficar com uma atriz de filmes pornográficos. “Não poderia apresentá-la aos meus pais”, justificou.

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