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Qual será o melhor clube do mundo?

Qual será o melhor clube do mundo?

Apartir desta quarta-feira, até ao próximo dia 18 deste mês, a elite do futebol está reunida em Abu Dhabi na disputa do Campeonato do Mundo de Clubes da FIFA 2010. Depois de enfrentarem a dura concorrência para se imporem nos respectivos continentes, Internacional, Internazionale, Pachuca, TP Mazembe, Seongnam Chunma, Hekari United e Al Wahda procuram repetir o domínio também no cenário mundial.

 

 

Três campeões da América da Sul, três outros da Europa. Em seis edições da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, representantes dos dois continentes não deixaram espaços para a concorrência. A rivalidade iniciada nos anos 1960 com a Copa Intercontinental intensificou-se nos actuais moldes da competição e agora poderá haver um desempate se o Internazionale de Milão e o Internacional de Porto Alegre confirmarem o favoritismo.

Para o clube italiano, a missão é dupla: manter a boa sequência dos europeus, campeões nos últimos três anos, e igualar o arqui-rival AC Milão, vencedor em 2007. O Internacional não fica atrás e tem trunfos para repetir o título de 2006 e devolver a taça a um clube da região sul-americana, isso porque, até hoje, as equipas brasileiras nunca perderam no torneio. Foram 12 partidas, com nove vitórias e três empates.

Curiosamente, a primeira edição do Mundial organizado pela FIFA, em 2000, não teve uma final entre a América do Sul e a Europa. No evento realizado no Brasil, o Corinthians e o Vasco superaram o Real Madrid e o Manchester United na fase de grupos e enfrentaram-se no Maracanã pela taça. Após empate sem golos, o Corinthians levou a melhor nos penalties.

Com novo formato e no sistema de eliminatórias, o torneio voltou a ser realizado cinco anos mais tarde, no Japão, reunindo os campeões das seis confederações continentais. São Paulo e Liverpool começaram na dianteira e protagonizaram, na final, uma batalha digna entre os continentes rivais. Com um golo de Mineiro e incríveis defesas de Rogério Ceni, eleito mais tarde o melhor jogador da competição, o Tricolor voltou a mostrar a força do futebol brasileiro.

No ano seguinte, foi a vez do Internacional e do Barcelona decidirem. Os catalães chegaram embalados pelos 4 a 0 sobre o América, enquanto os gaúchos haviam sofrido nos 2 a 1 sobre o Al Ahly. A final opôs estilos diferentes e, mesmo tendo sido pressionado, o Inter venceu com golo de Adriano Gabiru. Do outro lado, a tristeza foi brevemente consolada pela Bola de Ouro adidas entregue a Deco.

O fim da hegemonia sul-americana veio em 2007, quando o AC Milão se sagrou campeão do mundo. No entanto, a conquista teve um toque brasileiro graças a Kaká, maestro do título nas vitórias da semifinal sobre o Urawa Red Diamonds e, sobretudo, na final contra o Boca Juniors. Os 4 a1 serviram ainda como vingança da final da Copa Toyota de 2003, ganha pelo clube argentino nos penalties.

No ano seguinte, na despedida temporária ao Japão, o Manchester United completou um ano perfeito ao superar a Liga Deportiva Universitaria de Quito por 1 a 0. O torneio teve jogos empolgantes como a própria vitória dos Red Devils por 5 a 3 sobre o Gamba Osaka na semifinal com dois dos golos apontados por Wayne Rooney, a grande estrela em Yokohama.

Já o primeiro Mundial nos Emirados Árabes Unidos foi especial para o Barcelona. Além de garantir um feito histórico com o sexto título na temporada, o clube catalão pôs, enfim, o seu nome na galeria de vencedores após a derrota contra o Inter em 2006. Na dramática final contra o Estudiantes, os comandados de Pep Guardiola começaram o jogo a perder mas conseguiram chegar ao empate aos 44 minutos do segundo tempo e viraram o jogo no prolongamento, com Lionel Messi a garantir o golo do título e a Bola de Ouro “adidas”.

Este ano as atenções voltam-se novamente para os campeões da UEFA e CONMEBOL, mas talvez a supremacia dos sul-americanos e europeus seja posta à prova pelo ambicioso Pachuca. O clube mexicano sonha em chegar à final na sua terceira participação no torneio. O único problema é que os outros quatro concorrentes têm o mesmo sonho, a começar pelo sul-coreano Seongnam.

De volta a Abu Dhabi disposto a redimir-se da campanha decepcionante no Mundial em 2009, está o TP Mazembe que espera ver o seu nome reconhecido em escala global, depois de se tornar o único clube africano a conquistar dois bicampeonatos continentais. O Hekari, por sua vez, repete o mantra segundo o qual “o futebol é uma caixinha de surpresas” para tentar brilhar ainda mais. A modesta equipa de Papua-Nova Guiné já surpreendeu ao vencer a Liga dos Campeões da Oceânia e está de olho em mais um milagre.

Outro que corre por fora na expectativa de surpreender no torneio é o anfitrião Al Wahda. O actual campeão dos Emirados conta com a força do colectivo liderado pelo ídolo Ismail Matar e o apoio de uma claque apaixonada que sonha em ver os conterrâneos no topo do mundo.

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