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“Startup Girl”: Jovens mulheres estimuladas a enveredar pelo empreendedorismo

O estímulo ao empreendedorismo feminino constitui uma importante ferramenta na luta pela inclusão da mulher na economia, razão pela qual a Munay (uma associação juvenil), em parceria com a Incubadora de Negócios do Standard Bank, organizou, recentemente, uma sessão de transmissão de conhecimentos sobre liderança e empreendedorismo a adolescentes e jovens com idades compreendidas entre os 16 e 30 anos.

Denominada “Startup Girl”, a iniciativa tem como objectivo contribuir nos esforços que tem sido envidados com vista ao empoderamento da mulher através do empreendedorismo, incentivando-as a criar os seus próprios negócios.

Segundo o coordenador da iniciativa, Gabriel Cossa, o que se pretende é desenvolver nas adolescentes e jovens o espírito empreendedor através da partilha de experiências (de mulheres empreendedoras já estabelecidas) e da transmissão de conhecimentos e ferramentas de liderança.

“Trazemos mulheres empreendedoras, justamente para inspirar as participantes. É importante que saibam como foi a jornada destas mulheres, desde o princípio até ao estágio em que elas se encontram, como iniciaram, como superaram os obstáculos”, explicou Gabriel Cossa.

Durante a sessão, as participantes aprenderam, também, a elaborar planos de negócio e a apresentar os seus projectos a potenciais investidores. “Elas saem daqui com importantes ferramentas (sobre gestão financeira, por exemplo), que lhes permitem empreender ou dar um novo ímpeto aos seus projectos”. E porque o empreendedorismo requer, acima de tudo, disciplina na gestão dos rendimentos, o Standard Bank apelou às participantes a adoptarem bons hábitos financeiros, que passam pela reserva de dinheiro (através da poupança) para futuros investimentos ou situações de emergência.

“É importante incutir nos jovens o hábito de poupar para melhor planearem o seu futuro. Hoje, por exemplo, estamos diante de adolescentes e jovens que pretendem ingressar no ramo de negócios, por isso estamos aqui para transmitir dicas de poupança através de exemplos práticos do nosso dia-a-dia”, sublinhou Bruno Madelein, representante do Standard Bank.

Na sua apresentação, o representante do banco abordou, também, a importância dos seguros, bem como a necessidade de os empreendedores separarem os seus custos e rendimentos com vista a uma boa gestão.

Láusia dos Santos é finalista do curso de Gestão no Instituto Comercial de Maputo. Para si, o “Startup Girl” ajudou-lhe a sanar algumas dúvidas que tinha sobre o empreendedorismo, uma área que pretende abraçar no futuro.

“Aprendi coisas que me vão ser úteis na minha vida. Tenho o sonho de ser empreendedora e hoje percebi que estou no caminho certo. As ferramentas que nos foram transmitidas são importantes para todos os empreendedores. Por exemplo, na educação financeira, tema abordado durante a apresentação do representante do Standard Bank, aprendi que devo orçar as minhas actividades e classificar as minhas despesas, assim como os rendimentos (fixos e variáveis)”, disse Láusia Santos.

Entretanto, numa altura em que os jovens estão a apostar cada vez mais no empreendedorismo, a Incubadora de Negócios do Standard Bank acolheu, por outro lado, um workshop sobre identidade visual, um elemento que pode desempenhar um papel importante na inserção e consolidação de uma marca (empresa) no mercado, que se tem revelado cada vez mais competitivo.

Organizado pela IxDA Maputo, em parceria com o banco, o workshop tinha como objectivo transmitir aos participantes, na sua maioria jovens, conhecimentos e ferramentas essenciais para a criação de uma identidade visual consistente. Conforme explicou o orador, Abel Baloi, o processo criativo de uma identidade visual deve estar assente na pesquisa sobre o cliente (o que faz, nome, visão, missão, público-alvo, entre outros elementos), os seus concorrentes (quem são?), assim como as tendências da identidade visual de empresas da mesma área. Outro aspecto não menos importante é a criatividade, que pode determinar a consistência de uma identidade visual. “Por exemplo, quando se trata de finanças, muitos usam moedas ou notas para conceber o seu logotipo, mas é possível criar uma identidade visual sem recorrer a esses elementos. É sempre bom usar o que não é comum. A criatividade é essencial no processo criativo”, sublinhou Abel Baloi.

Por seu turno, o representante da IxDA Maputo, Simião Júnior, referiu que a escolha do tema surgiu da necessidade de se desconstruir a ideia de que a identidade visual é o mesmo que o logotipo, o que acaba por influenciar negativamente na inserção ou consolidação de uma marca (empresa) no mercado. O que se pretende, essencialmente, é que “as pessoas tenham conhecimentos sólidos sobre a identidade visual (os seus elementos e o seu processo criativo) de modo a criarem um diferencial na sua marca, ou seja, algo que a distingue das demais”, disse o representante da IxDA Maputo, uma organização que visa a promoção de eventos que estimulem a produção de conhecimento e debate sobre o design na sociedade.

Importa realçar que a Incubadora de Negócios do Standard Bank é um empreendimento concebido no âmbito da visão e estratégica do banco, cuja materialização passa pela implementação de incentivos que fomentam o empreendedorismo, que são os mentores do crescimento económico do país. Para além do espaço físico, a incubadora oferece desde a formação até à interação com outras empresas e órgãos ou entidades governamentais, tendo em vista a criação de condições para o surgimento.

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