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“Dia de Ira” na Rússia contra a política de Putin

Milhares de manifestantes se reuniram este sábado em 50 cidades da Rússia em resposta a um apelo da oposição, para protestar contra a política ecoôomica do governo de Vladimir Putin e para pedir seu afastamento.

Centenas de militantes enfrentaram a proibição de manifestações, em Moscou, reunindo-se na praça Pushkin, não longe do Kremlin, que resultou na detenção de 70 pessoas pelos policiais mobilizados. “Nosso movimento de hoje é de solidariedade aos que pedem a demissão do gabinete”, afirmou Sergueï Oudaltsov, coordenador do movimento de oposição “Frente de Esquerda”. “A política econômica do governo Putin duante a crise não funciona. O aumento dos preços e das contas desde o Ano Novo leva as pessoas a irem às ruas”, acrescentou, antes de ser agarrado por policiais.

Manifestações foram também registradas nas cidades de Arkhangelsk (norte) e de Novossibirsk (Sibéria), segundo o site do movimento de oposição Solidariedade. Neste Dia de Ira, os participantes pedem a redução dos preços da eletricidade, no momento em que milhares de euros foram desbloqueados para apoiar a indústria russa e seus proprietários, atingidos pela crise. “Estou aqui por causa das contas de eletricidade e gás. Vivo com uma pequena aposentadoria e não dá”, explicou Ivan, 72 anos, que se manifestava em São Petersburgo.

Os participantes levavam faixas proclamando “Não aos impostos!” ou “Basta da proteção dada aos oligarcas às custas do povo!”. Uma outra dizia “Putin, dê um tiro na cabeça!” “Não se pode respirar com Putin, nada avança, nem a imprensa, nem a economia, nem a polícia. O país se decompõe”, resume Larissa Apraksina, uma aposentada de Moscou.

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