Cinco anos depois de deixar a presidência do Partido Frelimo e da República de Moçambique, Joaquim Alberto Chissano considera ter deixado o poder em mão seguras ao propor a indicação de Armando Emílio Guebuza para seu sucessor.
Nomeado em 1986, com a morte do então Presidente Samora Machel no tràgico acidente aéreo de Mbuzine, e eleito, sucessivamente, em 1994 e 1999, Joaquim Chissano conduziu os destinos do país durante cerca de 18 anos, tendo rescindido do cargo para se ocupar da sua vida privada, conquanto se mantenha ainda activo no desenvolvimento das actividades da Frelimo e empenhado em questãoes políticas internacionais.
Para reforçar a campanha do partido e respectivo candidato, Armando Guebuza, que concorre à sua própria sucessao, Chissano escalou este Sábado a provincia de Nampula, maior círculo eleitoral do país, para se juntar a outros quadros da Frelimo. Em declarações à imprensa, momentos depois de desembarcar no Aeroporto local, o antigo estadista moçambicano reitorou a necessidade da reconduçao de Guebuza, que considera detentor de larga experiência e elevado espírito de liderança.
De acordo, ainda, com Chissano, desde o tempo da Luta de Libertação Nacional, Guebuza dedicou-se à causa da juventude e do povo moçambicano, em geral. Recordou, igualmente, que Guebuza que esteve envolvido activamente no processo das negociações de Roma, entre o governo e a RENAMO, que culminaram com a reinstauração da paz de que o país desfruta hoje.
Outras questões referenciadas pelo antigo Presidente moçambicano têm a ver com o crescimento económico e social que o país agora regista e que se traduz no alargamento das redes energética, educacional, sanitária e de abastecimento de água, entre outras realizações.