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Protestos por democracia em Hong Kong diminuem e enfrentam teste de resistência

Os protestos pró-democracia na cidade chinesa de Hong Kong acalmaram-se, esta segunda-feira (6), à medida que os estudantes e trabalhadores retornavam às aulas e ao trabalho depois de mais de uma semana de manifestações, mas os activistas prometeram manter a campanha de desobediência civil.

Os manifestantes aliviaram o bloqueio em torno das sedes do governo no coração da cidade, o que tem sido o foco central da ação dos protestos que chegaram a atrair centenas de milhares de pessoas às ruas.

Os servidores públicos tiveram permissão para passar desimpedidos pelas barricadas montadas por manifestantes. Nesta segunda-feira à tarde, em cerca de cem manifestantes permaneciam na área onde se encontram os escritórios de bancos internacionais e a bolsa de valores. Alguns estudantes universitários prometeram retornar aos protestos depois das aulas do fim da tarde.

“Espero que os estudantes consigam persistir. Se nos retirarmos agora, vamos perder o poder de negociação”, disse Chow Chong-lam, que estudava sentado no chão no local de concentração de protestos próximo ao gabinete do líder da cidade, nomeado por Pequim, Leung Chun-ying.

Os manifestantes continuam num impasse com o governo de Leung e não há sinal de progresso nas negociações propostas para encerrar a disputa. Os protestos diminuíram e dispersaram-se ao longo da última semana, com as pessoas a deixarem as ruas durante a noite para retornar depois. O teste nesta segunda-feira será observar se tal padrão vai continuar em face da determinação do governo em fazer Hong Kong retornar ao trabalho.

“Não acho que os protestos tenham alcançado qualquer coisa substancial em particular até este momento – mas pelo menos fomos capazes de impor alguma pressão sobre as principais autoridades do governo, que parecem mais dispostas a negociar do que antes”, disse Tsz Hong Lan, de 20 anos, uma estudante na Universidade Chinesa de Hong Kong.

Temendo uma repressão depois de os líderes da cidade pedirem a liberação das ruas para que os negócios, escolas e serviços públicos voltassem a funcionar na segunda-feira, os manifestantes que vinham paralisando partes da antiga colónia britânica com imensas vigílias retiraram-se do local em frente ao gabinete de Leung.

A principal rua que dá acesso ao distrito central de negócios permanecia fechada ao tráfego, mesmo depois de boa parte dos manifestantes terem ido embora durante a noite. Grandes engarrafamentos foram registados noutras vias. Alguns bancos que tinham fechado agências durante as manifestações na última semana também resolveram abrir as suas portas nesta segunda-feira.

Ao longo da última semana, dezenas de milhares de manifestantes tem exigido a renúncia de Leung e que a China permita a escolha do líder da preferência da população nas eleições de 2017.

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