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Protestos na Turquia pela cidade síria sitiada deixam pelo menos 9 mortos

Pelo menos nove pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas em manifestações por toda a Turquia, esta terça-feira (7), relatou a mídia local, nas quais os curdos exigiram que o governo faça mais para proteger a cidade curda de Kobani, na Síria, dos militantes do Estado Islâmico.

A polícia usou gás lacrimogéneo e canhões de água para dispersar os manifestantes, que incendiaram carros e pneus quando tomaram as ruas nas províncias de maioria curda no leste e no sudeste da Turquia.

Enfrentamentos também irromperam em Istambul, maior cidade turca, e na capital, Ancara. Cinco pessoas morreram em Diyarbakir, a maior cidade curda do sudeste, que testemunhou combates entre manifestantes e policiais.

Um homem de 25 anos morreu em Varto, cidade pequena na província de Mus, no leste, e pelo menos meia dúzia de pessoas foi ferida na mesma localidade durante os confrontos, reportou a mídia local.

Duas pessoas perderam a vida na província de Siirt, no sudeste turco, disse o governador local à rede de televisão CNN Turk Television, e outra morreu na vizinha Batman. Toques de recolher foram impostos em cinco províncias predominantemente curdas do sudeste depois dos protestos, durante os quais as lojas e os bancos foram danificados.

O ministro do Interior, Efkan Ala, pediu o fim das manifestações. “A violência não é a solução. Ela desencadeia represálias. Esta atitude irracional deveria terminar imediatamente”, disse ele a repórteres. Os combatentes do Estado Islâmico avançaram em direcção ao sudoeste de Kobani, aumentando a pressão para que a Turquia intervenha no conflito.

O cerco de três semanas a Kobani já cobrou 400 vidas, de acordo com o Observatório Síria para os Direitos Humanos, que tem sede em Londres e monitora a guerra na Síria.

Os membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), a Turquia já acolheu mais de 180 mil refugiados que fugiram de Kobani, mas evitou unir-se à coligação liderada pelos Estados Unidos contra os militantes radicais sunitas, dizendo que a campanha deveria ser ampliada e incluir a deposição do presidente sírio, Bashar al-Assad.

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